O secretário estadual de Saúde do Paraná, Beto Preto, anunciou durante reunião da Comissão Intergestora Bipartite que este ano o Paraná terá a maior epidemia de dengue da história. Em quase todo o Estado os casos confirmados de pessoas com a doença estão crescendo de forma assustadora e preocupante.
Em Toledo, mesmo com o reforço nas campanhas de prevenção e nas orientações dos agentes de Endemias, o número de casos também deu um salto significativo. A Vigilância Epidemiológica informou que, desde o primeiro dia de janeiro até esta sexta-feira (21), às 15h, foram registradas 286 notificações, 16 casos importados confirmados e 108 casos autóctones confirmados. Ao todo, são 124 casos de dengue no Município. Sendo que 38 foram descartados.
A título de comparação, no último dia 18 de fevereiro havia 231 notificações, 35 negativos, 16 importados e 83 casos autóctones confirmados. Ou seja, foram confirmados 25 casos de dengue em menos de três dias.
Mini-Hospital
O número de casos suspeitos de dengue nos pronto-atendimentos nesses últimos dias refletiu a preocupação da Sesa e motivou a Secretaria de Saúde a tomar medidas preventivas para o enfrentamento. Um espaço extra foi providenciado no Mini-Hospital para receber os casos classificados de dengue tipo B.
“Já temos uma sala separada que abrimos há uns dez dias, mas, com o aumento expressivo da demanda de casos suspeitos ou com sintomas similares aos da dengue, decidimos pela abertura de um ambiente para atender em um espaço digno os pacientes”, explicou a diretora de Enfermagem, Volmara Fátima Carminatti.
Rotina
Aqueles pacientes que chegam com febre alta, dores e manchas avermelhadas no corpo passam por uma avaliação médica. Dependendo do caso são encaminhados para a rede básica (dengue tipo A) ou permanecem no pronto-atendimento para hidratação e observação (dengue tipo B).
Nesse período, enquanto aguardam o resultado de exames de sangue, os pacientes são levados para hidratação nos espaços providenciados na estrutura do Mini-Hospital. Um dos ambientes está equipado com poltronas e outro com leitos, ambos para propiciar um atendimento mais humanizado.
A secretária de Saúde, Denise Liell, informou que nesse espaço o paciente pode ficar de três a quatro horas recebendo hidratação. Com o resultado do hemograma, volta para análise médica, e em seguida é liberado com orientações e/ou medicações.
“Estamos organizados para receber e atender os pacientes e os casos suspeitos da dengue. Se percebermos que há a necessidade de viabilizar novos espaços para acomodá-los, assim o faremos. Como estamos em época de epidemia, temos que estar preparados, pois o cenário para este ano não é nada animador”, alertou a secretária de Saúde.
Prevenção
Além dos cuidados amplamente divulgados para reduzir o número de mosquitos transmissores da dengue, as autoridades sanitárias sugerem que a população faça uso de repelentes, geralmente encontrados como sprays. A leitura realizada é que o mosquito contaminado já está circulando e a única forma de diminuir ou barrar a transmissão da doença é evitando a picada do mosquito.