
Yiannopoulos se define como um conservador convicto, mas ficou famoso por opiniões consideradas racistas e misóginas e por incitar seguidores nas redes sociais a fazerem provocações ? a ponto de se chamar de “o maior supervilão da internet”. Em 2016, fez uma série de ataques à atriz Leslie Jones através do Twitter, chamando-a de “cara preto” e outras ofensas. Ela deixou a rede após as provocações. Ele e seguidores foram banidos do Twitter após as ações.
“Como todos os atos da esquerda regressiva totalitarista, isso vai explodir na cara deles, me dando mais fãs adoradores. Nós estamos vencendo a guerra cultural, e o Twitter acabou de atirar em si mesmo no pé”, ironizou ele ao ser banido. “Esse é o fim do Twitter. Qualquer um que liga para a liberdade de expressão recebeu uma mensagem clara: você não é bem-vindo no Twitter.”
O jornalista também gera polêmica por ter considerado a maioria dos muçulmanos como potenciais terroristas, além de rejeitar a definição de cultura do estupro. Chama feministas de “sociopatas”, além de dizer que mulheres “deveriam se recolher” da internet e que o controle de natalidade as deixa “menos atraentes”. Homossexual assumido, ele ainda é contrário ao que considera privilégios concedidos aos gays, como o direito a união estável e a casamento.
“Os gays deveriam voltar ao armário”, Yiannopoulos costuma repetir em textos e em suas turnês de palestras, autonomeadas “Dangerous faggot” (“Bicha perigosa”).
Yiannopoulos ainda faz elogios constantes a Trump, a quem chama de “papai”. Ele e outros autores do “Breitbart” são membros da vertente da “direita alternativa”, nacionalista e calcada na difusão de seus ideais fora do conservadorismo tradicional “politicamente correto”, através da internet. Muitos escrevem ainda para sites considerados pela grande imprensa como racistas e antissemitas, como o “VDARE” e o “American Renaissance”.
Trump cita o “Breitbart” como uma das fontes políticas mais confiáveis, criticando jornais tradicionais e redes de televisão como a CNN. Seu bordão diante dos jornalistas, sempre repetido por Yiannopoulos e por leitores e eleitores, é “FAKE NEWS!” (“NOTÍCIA FALSA!”).
Mas se Yiannopoulos divide as opiniões, o sucesso é garantido entre o público. Após a gigante editorial Simon & Schuster anunciar que Yiannopoulos lançaria uma autobiografia pela casa, ganhando US$ 250 mil, bastou a pré-venda entrar no ar nas lojas virtuais ? logo, já estava no topo dos best sellers.
