Cotidiano

Menos de 24 horas após reparo, novo buraco aparece no elevado do Joá

RIO – Um dos buracos reparados na terça-feira pela Geo-Rio na nova subida do elevado do Joá, reabriu no início da tarde desta quarta. Menos de 24h depois do retoque, o asfalto já se esfarelou e o buraco, reaberto, já leva os motoristas a desviarem do local. Pelo menos cinco buracos surgiram cerca de 10 dias após a inauguração do novo elevado, inaugurado no fim de maio, num trecho de apenas 1,1 quilômetro de pistas entre os túneis que ligam a Zona Sul e a Barra da Tijuca. O maior deles, que media quase 1 metro quadrado, segundo estimativas da própria prefeitura, formou-se na faixa da esquerda, logo após a saída do Túnel de São Conrado.

A execução das obras do novo Joá foi fiscalizada pela Fundação Geo-Rio, do município, mesmo órgão que era responsável por acompanhar a construção da Ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, cujo trecho desabou no dia 21 de abril, provocando a morte de duas pessoas.

Nesta quarta-feira, em entrevista ao telejornal Bom Dia Rio, da TV Globo, o prefeito Eduardo Paes considerou inadmissível e inacreditável o surgimento de buracos no asfalto do novo elevado, dez dias depois de sua inauguração. Em entrevista por telefone ele afirmou que vai cobrar da empresa responsável pelas obras a recuperação de todos os problemas. E que vai reclamar com sua equipe na prefeitura sobre os problemas na fiscalização da empreitada.

“É inaceitável o que aconteceu com o Elevado do Joá ontem (terça-feira). É isso mesmo, tem que cobrar, paga-se uma fortuna nessas obras. Então é cobrar, jogar duro. A prefeitura tem um laboratório que acompanha essas coisas e, no final, você tem sempre um responsável técnico pela obra. Isso que aconteceu no Joá é inaceitável. A empresa tem que consertar, recapear direito, não é deixar esse remendo no asfalto novinho”, disse o prefeito, referindo-se ao resultado do fechamento do buraco que deixou um remendo na pista.

As obras custaram aos cofres da prefeitura R$ 457 milhões — obtidos por um empréstimo no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As intervenções foram entregues com atraso em relação ao cronograma original. Pelo contrato assinado com a prefeitura, as obras deveriam ter terminado no início de março. O município, porém, vinha evitando divulgar cronogramas e anunciava sempre que as obras terminariam até o fim de junho. Apesar de a pista estar aberta, nem tudo foi entregue. Por precaução, a prefeitura ainda não abriu a nova ciclovia entre a Barra e São Conrado, que faz parte do complexo Tim Maia. A ciclovia está sob análise de especialistas contratados pelo município. Eles avaliam as condições de segurança do trecho.