RIO – O Índice Nacional de Confiança (INC) feito pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou, em janeiro, que 53% dos consumidores avaliam a própria situação financeira atual como ruim, enquanto apenas 23% a classificam como boa. Esse cenário pode estar ligado ao desemprego, já que 51% estão inseguros com o mercado de trabalho. Além disso, a média de conhecidos dos entrevistados que foram demitidos nos últimos seis meses subiu de 5,73 em dezembro, para 5,82 neste mês.
Já em relação ao futuro, o brasileiro se mostra mais confiante, com 38% dos entrevistados acreditando que a própria situação financeira irá melhorar nos próximos seis meses, contra 21% que esperam uma piora. De acordo, com o presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti, o governo precisa aproveitar esse momento e diminuir os gastos públicos:
– O brasileiro segue pessimista com o atual momento do país, mas está um pouco esperançoso em relação ao futuro. É preciso que o governo vá ao encontro dessa esperança e continue cortando gastos. Assim, o Copom poderá reduzir cada vez mais a taxa Selic, na esteira da queda inflacionária, para que a economia volte a girar – explica.
O INC também registrou 77 pontos na confiança do consumidor em janeiro. Esse patamar não variou significativamente em relação ao mês anterior, com dois pontos a menos, e em comparação à janeiro do ano passado, com dois a mais. Isso quer dizer que o brasileiro continua pessimista com a cenário econômico do país, já que o intervalo de zero a 100 é o campo do pessimismo, e entre 100 a 200 é o do otimismo. A pesquisa foi produzida entre os dias 5 e 18 de janeiro em todas as regiões brasileiras, pelo Instituto Ipsos.