RIO ? O Supremo Tribunal de Justiça (TJ-SP) aceitou o pedido de habeas corpus de Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, filho de Pelé. O ministro Antonio Saldanha Palheiro, que deferiu a liminar, considerou que Edinho não deve ficar preso enquanto houver chance de defesa diantes dos tribunais. Edinho 24-04
Edinho deverá aguardar em liberdade o julgamento do habeas corpus ou o exaurimento da instância ordinária. O pedido foi impetrado pelo advogado Eugênio Carlo Balliano Malavasi. O TJ-SP foi autuado no dia 24 de fevereiro. Nesta quarta-feira, os autos foram recebidos pela coordenadoria e a liberdade concedida.
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo julgou na quinta-feira, o recurso de apelação de Edinho pelo crime de lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas. O órgão condenou o ex-goleiro e reduziu a pena de 33 anos e quatro meses de reclusão para 12 anos e dez meses em regime fechado.
A prisão do ex-goleiro foi determinada Tribunal de Justiça de São Paulo após manter sua condenação por lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas. O tribunal também reduziu a pena do jogador, filho de Pelé, de 33 anos para 12 anos e dez meses.
Edinho foi preso pela primeira vez em junho de 2005, com outras 17 pessoas, na Operação Indra, realizada pelo Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc). Ele foi acusado de ter ligações com Ronaldo Duarte Barsotti, mais conhecido como “Naldinho”, apontado pela polícia como um dos maiores traficantes da Baixada Santista. À época, o ex-goleiro negou as acusações e afirmou ser apenas dependente químico.
O ex-jogador chegou a cumprir seis meses de prisão provisória, mas foi solto em dezembro daquele ano, ao obter um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). Em fevereiro de 2006, o Ministério Público o denunciou por lavagem de dinheiro, o que resultou em uma nova prisão. Na ocasião, o filho de Pelé estava detido na cadeia anexa do 5º DP de Santos e chegou a ser transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Vicente. Já em dezembro do mesmo ano, a ministra do STF Ellen Gracie negou pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-jogador, mas, uma semana depois, os advogados pediram reconsideração da decisão, que foi atendida pelo ministro Gilmar Mendes.
Em maio de 2014, Edinho foi condenado a 33 anos de reclusão pela juíza Suzana Pereira da Silva, auxiliar da 1ª Vara Criminal de Praia Grande, no litoral paulista. Em julho do mesmo ano, foi preso por não ter apresentado seu passaporte à Justiça, uma das exigências para permanecer em liberdade até a decisão final da Justiça. Novamente, a defesa conseguiu um habeas corpus, e ele foi solto.