Brasília – O governo federal lançou ontem o programa Brasil Mais Produtivo, que pretende aumentar a produtividade de pequenas e médias indústrias em pelo menos 20%, ao cortar desperdícios nos processos de produção.
A expectativa do Ministério do Desenvolvimento, que está tocando o projeto com o Senai e outros parceiros, é atender 3.000 empresas até 2017.
Empresários terão a orientação de consultores para detectar problemas, como excesso de estoque, deslocamento desnecessário de funcionários, e aplicar soluções, com base na metodologia de manufatura enxuta.
Para o ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento), o programa, por ora, tem alcance limitado, mas aponta para a direção “correta”, ao quebrar com o clima de paralisia na economia.
Monteiro citou que, em meio ao forte processo de ajuste fiscal em curso, não dá para recorrer ao “velho repertório” de medidas econômicas, como desonerações e outros incentivos usados anteriormente para estimular a economia.
Para o ministro, o programa tem o trunfo de ser uma intervenção rápida, com baixo custo, que otimiza processos e reduz custos.
O custo do programa por empresa será de R$ 18 mil, sendo R$ 15 mil subsidiados pelo programa. O restante poderá ser financiado pelo cartão BNDES.
A primeira fase, que vai de abril a maio deste ano, terá orçamento de R$ 50 milhões Ministério do Desenvolvimento e Senai vão bancar esse custo, meio a meio.
Até maio, o programa estará disponível em dez estados, chegando a todo o País até o fim do ano, espera o governo.
Estão aptas a participar indústrias que tenham entre 11 e 200 empregados. No primeiro momento do programa, será dada prioridade aos seguintes setores: metalmecânico, vestuário, calçados, moveleiro, alimentos e bebidas.
As empresas interessadas deverão se inscrever no site www.brasilmaisprodutivo.gov.br.