
O caso em mãos de Bonadio, que já processou Cristina por irregularidades em operações de venda de dólar futuro no Banco Central, foi aberto após uma denúncia da deputada Margarita Stolbizer sobre suposta lavagem de dinheiro através da sociedade Los Sauces, que administra os hotéis de luxo da ex-família presidencial, na Patagônia.
Florencia e Máximo, que têm participação em Los Sauces, negaram as acusações e afirmaram que o caso ?não é um problema jurídico e sim um claro exemplo de perseguição política?. Florencia pediu a suspensão do embargo de suas contas bancárias e de seu salário de 50 mil pesos mensais (US$ 3.200), como diretora de Los Sauces. ?Sou chamada apenas por ser filha de Néstor e Cristina?, reclamou Florencia.
Já seu irmão, o deputado Máximo Kirchner, acusou o presidente Mauricio Macri de ter 50 sociedades off shore, não declaradas. ?Esta é uma perseguição política. Estão decididos a proibir a participação de Cristina na política?, denunciou seu filho, em meio a especulações sobre uma eventual candidatura a senadora da ex-presidente, nas Legislativas do próximo mês de outubro.
Florencia e Máximo foram acompanhados por dezenas de militantes kirchneristas que foram até os tribunais de Comodoro Py, além de antigos aliados da ex-família presidencial como Hebe Bonafini, presidente das Mães da Praça de Maio.
Nesta terça, será a ver de Cristina. A ex-chefe de Estado irá novamente ao juizado de Bonadio, no mesmo dia em que Macri enfrentará uma gigantesca manifestação sindical para exigir reajustes salariais. Cristina pediu a seus seguidores que ?estejam ao lado dos trabalhadores? e não nos tribunais.
