Cotidiano

Festival Varilux de Cinema Francês vai exibir 15 filmes inéditos em Niterói

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NITERÓI ? O precursor Georges Méliès levou o público a uma viagem ao espaço recheada de efeitos visuais com a ficção científica ?Viagem à Lua?, de 1902. Jean-Luc Godard abriu as portas da nouvelle vague com a edição revolucionária de ?Acossado?, em 1960. Já em 2012, a odisseia surrealista de ?Holy motors?, de Leos Carax, provou, mais uma vez, a capacidade da sétima arte produzida na França de quebrar paradigmas. Todo ano, desde 2010, o Festival Varilux de Cinema Francês chega para tentar provar que a produção cinematográfica do país ainda é inovadora e relevante. Este ano, serão exibidos 15 filmes inéditos e o clássico ?Um homem e uma mulher?, de Claude Lelouch. Em Niterói, o evento toma conta, desde ontem, do Cine Arte UFF até o dia 22. São duas sessões diárias, sempre às 18h30m e às 21h.

SUCESSO NOS FESTIVAIS

A programação de hoje será aberta pelo drama de época ?Viva a França!?, de Christian Carion, que conta a história de uma pequena vila, que desafia as ordens do governo francês e o avanço das tropas nazistas em 1940. Depois será a vez de ?Chocolate?. O filme é dirigido por Roschdy Sem e estrelado por Omar Sy, de ?Os intocáveis?, que vive o primeiro artista negro de circo do país.

? A produção cinematográfica francesa é muito grande. Então, fazemos uma seleção criteriosa, levando em conta recepção do público, da crítica e sucesso em festivais ? explica o diretor da mostra, Christian Boudier.

Um dos grandes destaques da programação é a animação ?Abril e o mundo extraordinário?. Dirigido por Franck Ekinci e Christian Desmares, o desenho mostra uma versão alternativa do início do século XX. Na trama, Napoleão V reina numa França em que cientistas desaparecem misteriosamente. O filme foi sucesso de crítica nos Estados Unidos, onde, entre outras aclamações, ganhou nota dez do jornal ?The New York Times?.

? É maravilhoso. Ganhou melhor filme no Festival Internacional de Annecy e traz um estilo de animação muito diferente, inspirado no trabalho do quadrinista francês Jacques Tardi ? explica Boudier, que destaca também ?Meu rei?, que rendeu o prêmio de melhor atriz em Cannes para Emmanuelle Bercot, em 2015.