Famílias de Foz do Iguaçu recebem as chaves da casa própria

Vinte e cinco famílias que viviam em áreas de risco em Foz do Iguaçu receberam nessa sexta-feira (5) as chaves de novas moradias de graça. Elas foram beneficiadas por um projeto integrado do Governo do Paraná, por meio da Cohapar, com a prefeitura e a Itaipu Binacional, que recebeu R$ 1,6 milhão de investimento da usina para o atendimento de pessoas em situação de vulnerabilidade social.

São 23 unidades com 32 metros quadrados e duas com 49 metros quadrados, adaptadas para pessoas com deficiência. As casas têm dois quartos, sala, cozinha, banheiro e lavanderia externa e contam ainda com painéis solares integrados, o que permite redução dos gastos com energia elétrica.

De acordo com a chefe do escritório regional da Cohapar, Lucilei Marchiori, o projeto permitirá a melhoria da qualidade de vida da comunidade beneficiada. “As famílias conviviam com riscos de desmoronamento, enchentes e alagamentos”, disse. “Com este projeto, elas estão sendo realocadas de forma pacífica para um local com toda a infraestrutura necessária para que elas tenham uma vida digna e saudável”.

Recomeço

A auxiliar de serviços gerais Solange Freitas, de 38 anos, morava desde os 13 anos em uma casa precária às margens do córrego Brasília. A situação de improviso fez com que ela passasse por diversos momentos de sofrimento e angústia. “A minha casa tinha muitas goteiras e sempre que chovia vinha um cheiro muito forte de esgoto para dentro da casa, além das enchentes que estragavam todos os móveis”, disse.

Sem condições próprias de se mudar para uma casa melhor, ela não escondeu a felicidade com a conquista do novo lar. “Estou emocionada, porque essa casa é do jeito que eu pedi a Deus e eu não esperava conseguir algo tão bom”, afirmou a auxiliar de serviços gerais. “Agora vai ser tudo de bom, eu vou trabalhar, lutar e construir os sonhos que eu não puder ter nos últimos 25 anos”.

Outra família beneficiada foi a da Eliane Aparecida, de 18 anos, que pretende se mudar o quanto antes com o marido e o filho, de apenas oito meses. “Na outra casa era bem ruim a situação, porque sempre que chovia alagava a rua toda e, por causa do mato, entravam muitos bichos”, contou. “Só pelo fato de termos ganhado essa casa já estamos agradecendo muito, se der tudo certo a gente vai mudar hoje mesmo, eu estou muito feliz”.