Curitiba – A Polícia Militar do Paraná publicou nessa quarta-feira (3) um novo edital de chamamento para seleção dos policiais da reserva que farão parte do programa Escola Segura. O texto amplia o número de vagas de 120 para 200. Além de Londrina e de Foz do Iguaçu, que constavam do edital anterior, agora são ofertadas vagas para seleção de militares que farão a segurança de colégios estaduais da Região Metropolitana de Curitiba.
Lançado dia 15 de março pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, o Escola Segura é uma parceria das Secretarias da Educação e da Segurança com o objetivo de reforçar a proteção de alunos, pais e professores das escolas estaduais do Paraná.
São oferecidas 200 vagas: 46 para Foz do Iguaçu, 74 para Londrina e 80 para a Região Metropolitana de Curitiba. Os selecionados vão receber valores mensais que variam de R$ 3 mil a R$ 3,8 mil, de acordo com a sua graduação.
O edital anterior foi suspenso na semana passada devido à baixa procura dos militares. Conforme o governo, o problema teria sido o baixo valor pago: R$ 133 por dia.
O novo edital equaliza o pagamento para participação no programa com valores oferecidos pelo mercado e amplia a oportunidade de participação a cabos, segundo e terceiro sargentos, além dos soldados, que já constavam no texto anterior.
A tabela de pagamento definida pelo decreto e disponível no edital da PM é de R$ 3 mil para soldado, R$ 3,3 mil para cabo, R$ 3.564 para 3º sargento e R$ 3.813 para 2º sargento. “Com essas alterações, acreditamos que todas as vagas serão preenchidas”, afirma o chefe do Estado-Maior da PM, coronel Lanes Randal Prates Marques. Ele esclarece, ainda, que as inscrições que já haviam sido feitas continuam valendo.
Cronograma
A publicação do novo edital da PM faz pequenos ajustes no cronograma previsto inicialmente. As inscrições vão até o dia 12 deste mês. O processo de seleção também será realizado em abril.
“Nosso objetivo é fazer com que as 100 escolas estaduais do projeto-piloto do programa recebam os policiais até 10 de maio”, disse o chefe da Casa Civil, Guto Silva.
Todos os candidatos passarão por um processo seletivo que levará em conta a experiência e a condição física e psicológica. As etapas de seleção, classificação e convocação serão feitas pelo Bpec (Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária), que coordenará o projeto-piloto. Para ser selecionado no programa o militar deverá ter porte de arma vigente e não poderá ter condenação ou denúncia criminal.
Escolas decidirão adesão ao programa
O Paraná tem 2.243 escolas estaduais. Porém, a decisão de aderir ao programa será da direção da unidade em conjunto com a comunidade escolar. A Secretaria da Educação fará a seleção das escolas que aderirem ao projeto. Entre os critérios técnicos de escolha estão localização, vulnerabilidade, número de estudantes matriculados e funcionamento em três turnos.
O projeto-piloto terá a duração de cinco meses. Ao fim desse prazo, o governo do Estado vai avaliar o modelo adotado e sua expansão. O investimento previsto é de R$ 5 milhões, recursos que serão utilizados para o pagamento e seguro dos policiais, aquisição de armas, coletes e demais equipamentos de segurança.