Toledo – As concessionárias da região Oeste sentiram o impacto negativo da crise na venda de veículos novos. Os emplacamentos tiveram queda de 26% em todo o ano passado em comparação a 2014. De 32.041 processos emitidos pelo Detran (Departamento de Trânsito do Paraná) o número caiu para 23.854.
Nem mesmo as promoções tentadoras foram suficientes para reanimar as negociações. Diante de todas as dificuldades, apesar de apreciar os modelos zero quilômetro, o consumidor está mais cauteloso com relação à compra. Os juros cada vez mais altos e liberação de crédito mais retraída afastam das concessionárias os futuros compradores.
Pesquisei bastante antes de trocar meu carro, e infelizmente não consegui fechar negócio. Os preços estavam um pouco acima do que podia pagar sem precisar de financiamento, relata o representante comercial Arlindo Peixoto Souza.
Sem muito dinheiro para gastar, o consumidor segue por outro caminho: o mercado de veículos seminovos e usados. Segundo o vice-presidente da Assovepar (Associação de Revendedores de Veículos Automotores do Estado do Paraná), Antonio Gilberto Degeroni, com a subida de preços dos veículos novos, a procura por esse nicho se acentuou, principalmente quando o cliente começa a colocar no papel o total gasto ao adquirir um carro novo.
As pessoas começam a fazer a conta e migram para o seminovo, geralmente completo e com três anos de uso. É uma escolha natural de quem analisa o mercado, relata. Além de preços mais acessíveis, há possibilidade de troca, que facilita o negócio. O consumidor é seduzido por essas vantagens, ressalta Degeroni.
No ano passado, a região sul do País respondeu por 21,3% dos mais de 13,3 milhões de veículos seminovos vendidos, comercializando 2.858.277 unidades.
Frota
Em relação à frota de veículos que circula no Paraná, o número subiu de 6.489.289 para 6.699.897 em 12 meses, conforme levantamento mais recente do Detran. No Oeste, houve um acréscimo de 2,41% em um ano, passando de 808.282 veículos em 2014 para 827.828 até dezembro do ano passado.