Cotidiano

Em meio à guerra contra “tradições e legados”, a mensagem do verdadeiro Natal consegue vencer?

nativity manger silhouettes night scene
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Cascavel – Direita ou esquerda? “Ele sim” ou “ele não”? Manifestantes ou terroristas? Patriotas ou golpistas? Respostas a estas perguntas, em 2023, quase sempre acabam em discussões acaloradas pela polarização que o Brasil vive desde antes da disputa eleitoral de 2022. E, em meio a este “confronto” político, cultural e até físico – como o Brasil observou na sessão do Congresso Nacional na promulgação da reforma tributária, é fácil constatar que os valores e princípios que mantiveram a sociedade organizada até agora, estão sendo relativizados, deturpados ou, simplesmente, ignorados.
Sem dúvida alguma, 2023 foi um dos mais tensos dos últimos anos, desde os primeiros dias de janeiro, especialmente a partir do dia “8 de janeiro”. Contudo, mesmo com todas as adversidades e “diversidades” de opiniões e posicionamentos, algo não mudou, ou não deveria ter mudado: nossa humanidade! Alias, humanidade sempre foi sinônimo de fraternidade e acolhimento. Os muitos fatos registrados desde o início de 2023 surpreenderam exatamente pela falta desta necessária “humanidade”.
E, não se trata apenas dos fatídicos acontecimentos em Brasília, sejam os do dia 8 de janeiro, sejam aqueles que se sucederam dia após dia, semana após semana. E a pergunta sempre é a mesma: Onde está a humanidade no STF (Supremo Tribunal Federal), Congresso Nacional e na Presidência da República?
As discussões sem fim que permearam 2023 não produziram “vencedores”, apenas acirrou contendas, consolidou rixas e promoveu atrasos pessoais e coletivos. Brasília, como se sabe, acaba sendo um “retrato do Brasil”. Em cada discussão nas CPIs, CPMI e nas diversas comissões do Senado e da Câmara Federal se evidenciou esta “guerra” e os radicalismos desprovidos, mais uma vez, da necessária “humanidade”. A que ponto chegamos ou onde vamos parar com tudo isso?

O Natal
Por isso, nesta época do ano, quando o Natal faz brotar bons sentimentos e reflexões, é tempo oportuno para recobrar o valor, primeiramente, da família, a inquestionável “célula mater da sociedade”. Mesmo com todo, e já natural, apelo comercial para a data, quando praticamente todos os setores da economia se mobilizam para garantir os lucros que garantem sua sobrevivência e crescimento, o famoso “Espírito do Natal” permanece o mesmo.
Para os cristãos de todo o mundo, o Natal representa a chegada do Filho de Deus ao mundo. Jesus nasce, segundo os Evangelhos, em berço simples, sem luxos e riquezas, porém, no seio de uma família, sim, especial. Maria e José foram os pais escolhidos para receber o “Menino Deus”. Em resumo, então, o Natal é o dia “convencionado” para celebrar o nascimento de Jesus. Neste dia nasceu fonte da esperança.
A mensagem do Natal é sempre permeada pelos princípios do altruísmo, da fraternidade e da esperança. Há diversos contornos históricos, religiosos, culturais e políticos em torno do nascimento de Jesus, porém, nenhum destes aspectos trai a mensagem única de vida e amor trazida pelo Filho de Deus. A arqueologia comprova, com diversas evidências, o nascimento e passagem de Jesus pela Terra, seu legado e exemplo. O Brasil é considerado um “país cristão” e que respeita a pluralidade religiosa e, por isso mesmo, ignorar todo ensinamento do Natal, sendo cristão ou não, é uma prova de “desumanidade”.
Finalmente, Jesus ensinou amar ao próximo, estender a mão e também dar a outra face! Assim, nunca é arriscado afirmar que algumas batalhas, sim, podem estar perdidas, mas nunca a guerra!
Feliz Natal!

O editor