Cotidiano

Dragagem: “sujeira” retirada do Lago corresponde à meia piscina olímpica

Dragagem: “sujeira” retirada do Lago corresponde à meia piscina olímpica

Cascavel – A quantidade de “sujeira” retirada do Lago Municipal de Cascavel, que são os sedimentos acumulados durante anos, chegou nesta semana a quase 20 mil metros cúbicos, 92% do total de 21,5 mil metros cúbicos previsto pelo projeto de desassoreamento. A quantidade daria para encher exatamente “meia piscina olímpica”, para ter uma dimensão da quantidade que estava acondicionada embaixo da água ou nas margens e que eram motivo de reclamação dos moradores, que há anos, pediam pela a limpeza do principal cartão postal da cidade.

De acordo com a assessoria de imprensa da Sanepar, a previsão é que os trabalhos de dragagem que iniciaram em março, terminem até o fim de novembro e todo o trabalho no mês de janeiro. Além dos sedimentos, o que chamou bastante a atenção durante a execução dos trabalhos é a quantidade de lixo removido manualmente do lago, um total de 540 metros cúbicos, quantidade que encheu 108 caçambas de lixo, com pequenos e grandes pneus, restos de árvores, roupas, plásticos, garrafas pet e latas de óleo, entre outros objetos e entulhos.

Além disso, até agora já foram instalados 3.250 metros de “rip rap” que é para a proteção com pedras nas encostas do lago. Outra informação é que a draga que faz a sucção dos sedimentos, não será mais transferida de lugar, permanecendo no mesmo espaço até o término dos trabalhos, nas proximidades da área do Exército.

Todo material retirado, é transportado por meio de uma tubulação de 3,5 mil metros de extensão até o terreno do Município na divisa dos bairros Maria Luiza e Cascavel Velho, ao lado da Escola Municipal Atílio Destro. Neste local, depois de concluída a dragagem, o terreno vai receber um preenchimento e será feita a revitalização com grama.

Conforme a Sanepar, ainda serão feitas obras complementares de recomposição de pavimentos, plantio de mudas e grama e resgate da fauna. Todo o processo de execução do desassoreamento segue os protocolos ambientais para que não haja impacto na natureza e no entorno do lago. O cronograma está dentro do previsto e atende a 70 condicionantes apontadas pelo Instituto Água e Terra (IAT), assegurando que seja executado de forma sustentável e responsável a fim de aumentar a vida útil do Lago.

Ilha de refúgio

Uma das mudanças no cenário é a formação de uma ilha de vegetação verde próxima à ponte, cercadas com pedras com objetivo de não sofrer o impacto das águas nos dias de vento. A ilha foi planejada para ser um ponto de refúgio para os animais, atendendo a fauna local e também ser um ponto de contemplação aos moradores.

A obra

O desassoreamento é composto por seis fases: elaboração dos projetos e licenciamento ambiental; preparação da área no Cascavel Velho para recepção do material dragado; instalação e testes da tubulação de transporte dos resíduos; montagem do canteiro e instalação dos equipamentos de dragagem; sucção dos sedimentos do lago; e instalação da proteção das encostas (rip rap) e das contenções nas entradas de água do lago.

O serviço está sendo feito pela a Construtora Hamirisi, pelo valor de R$ 3.870 milhões. A proposta é que depois de pronta, o Lago fique limpo, assim como era no começo em que foi criado, no ano de 1980. O último desassoreamento foi realizado entre 2008 e 2010, quando segundo a Sanepar, foram retirados 108.000 m³ de lodo.

Foto: Sanepar