SÃO PAULO. Duas novas testemunhas estão sendo ouvidas pela Justiça Eleitoral nesta quarta-feira, no processo que investiga se a chapa formada pela ex-presidente Dilma Rousseff e pelo atual presidente, Michel Temer, cometeu crimes eleitorais nas eleições de 2014. Os depoimentos estão acontecendo em São Paulo, por videoconferência, em ação conduzida pelo ministro do TSE Herman Benjamin, em Brasília. Foi iniciada a pedido do PSDB, que pediu a cassação da chapa.
O ex-diretor da Odebrecht Luiz Eduardo da Rocha Soares, que seria do setor de propinas da Odebrecht, e um dos donos da gráfica VTPB, Beckembauer Rivelino de Alencar Braga, chegaram ao prédio do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo por volta das 8h. Soares entrou pela garagem e não falou com os jornalistas. Já Braga chegou pela entrada principal acompanhado de seu advogado, Miguel Pereira Neto, que preferiu não dar declarações afirmando que o depoimento é sigiloso. As informações são da Globonews.
? O depoimento do Beckenbauer é importante porque pode esclarecer as prestações de serviço da gráfica ? disse o advogado Gustavo Bonini Guedes, que defende o presidente Michel Temer, entrando na audiência sem dar maiores declarações.
A defesa de Temer defende que é preciso separar a responsabilidade da ex-presidente Dilma Rousseff da de Temer.
Flávio Caetano, advogado de Dilma, também disse que o depoimento do dono da VTPB pode ser esclarecedor.
? É importante para o processo, por trazer de uma gráfica importante, como foi feito o trabalho, como foi entregue.
Ele questionou, porém, a validade do depoimento de Soares por se tratar de funcionário da Odebrecht que negociou delação premiada.
Gustavo Bonini Guedes disse que, neste caso relacionado à Odebrecht, a defesa de Temer daria informações apenas após a acareação marcada para sexta-feira entre três delatores da Odebrecht: o ex-presidente do grupo Marcelo Odebrecht e os ex-executivos Hilberto Mascarenhas e Cláudio Melo Filho.