BUENOS AIRES ? A ex-presidente argentina, Cristina Kirchner (2007-2015), foi novamente hoje aos tribunais de Buenos Aires e entregou uma declaração por escrito, como fizeram seus filhos, Máximo e Florencia, na véspera. Os três estão envolvidos num processo sobre suposta lavagem de dinheiro, em mãos do juiz Claudio Bonadio, que já processou a ex-chefe de Estado por irregularidades em operações de venda de dólar futuro no Banco Central. Como seus filhos, Cristina disse a Bonadio que é alvo de uma perseguição política.
A ex-presidente negou-se a responder perguntas e assegurou, por escrito, que a denúncia contra sua família é “descabelada”. A ex-chefe de Estado afirmou, ainda, que no caso “estão sendo violadas garantias constitucionais” e que sofre uma “obstrução sistemática de meu direito a defesa”.
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Bonadio está investigando se Cristina e seus filhos cobraram propinas através do aluguel de propriedades na Patagônia, que, de acordo com a denúncia feita pela deputada Margarita Stolbizer, teriam sido pagas por empresários favorecidos em concessões de obras públicas. A acusação mais grave contra Cristina é de associação ilícita.
Em meio ao avanço dos processos judiciais contra a ex-presidente, crescem as especulações sobre sua decisão de disputar uma vaga no Senado, nas Legislativas do próximo mês de outubro. De acordo com recentes pesquisas, Cristina tem entre 30% e 40% de apoio na província de Buenos Aires e poderia até mesmo ser a candidata mais votada no principal distrito eleitoral do país.
