Aulas presenciais, parquinhos abertos, restaurantes, áreas de lazer da cidade com o acesso disponível, tudo o que as crianças gostam já está voltando ao normal. Porém é valido lembrar que ainda estamos em uma pandemia e os cuidados devem continuar. Alex Sandro Jorge, especialista em virologia do HUOP (Hospital Universitário do Oeste do Paraná), salienta que os mesmos cuidados que eram cobrados no início da pandemia devem ser tomados pelas crianças. “O uso de álcool em gel, lavagem e higienização das mãos, distanciamento sempre que possível, o uso de máscara é fundamental para aquelas crianças que têm indicação do uso, que é acima de dois anos pelo menos”.
Claro que existe uma preocupação que habita nos pais ou responsáveis, de deixar as crianças voltarem as atividades e rotina normal. Mas tomando os cuidados, é possível evitar o máximo possível o contágio da Covid-19. Por isso, quem deve ficar atento aos sintomas das crianças são os responsáveis. De acordo com Alex, “qualquer sintoma gripal, não pode ser descartada a possibilidade de ser Covid-19”. Sendo assim, em caso de sintomas, a família deve respeitar os decretos e cumprir o isolamento social pelo período determinado, principalmente as crianças que estão frequentando as escolas.
Além das prevenções que já estamos acostumados, um aspecto que é necessário ficar atento é o ambiente. Para evitar a infecção, deve-se preferir sempre lugares abertos, arejados e com boa corrente de ventilação. Para a criança continuar se divertindo e não perder a oportunidade de brincar e socializar, é bom buscar parquinhos, parques, restaurantes que tenham uma área aberta e estar sempre cuidando com a higienização. Cabe às escolas e tais ambientes cumprir com os protocolos do Estado e estar sempre seguindo as regras colocadas, além de estar sempre explicando e atualizando o cenário às crianças para continuarem com os cuidados “A escola deve higienizar os brinquedos e conversar com as crianças sempre que possível, para que estejam atentas às recomendações”, afirma Alex.
Vacinação
A vacinação está oferecendo um retorno positivo à população, pois a maioria dos casos graves da doença são pessoas que ainda não tomaram a vacina. Para crianças menores de 12 anos, não há uma recomendação de vacina ainda aprovada, mas está em fase de análise até se obter uma liberação, que só é dada quando se tem uma base de segurança. Por isso, é necessário manter o cuidado. “Aparentemente as crianças têm e uma resposta favorável, menos sintomas, menos gravidade. Mas lógico que não podemos tomar isso como base para minimizar, tem que sempre maximizar o cuidado para evitar o contágio”, comenta Alex.
O especialista ainda reforça a importância da vacinação. “É importante frisar que nenhuma vacina evita qualquer pessoa de ter uma infecção. A vacina favorece que nós tenhamos uma resposta imunológica adequada para não termos sintomas, ou que sejam sintomas leves e minimizar os riscos do desenvolvimento de casos graves, que é o que a vacina está fazendo com o efeito muito bom”, ressalta Alex.
O acompanhamento dos órgãos de vigilância está sendo feito com bastante rigor, o que nos leva a uma maior segurança também. “A vigilância epidemiológica e a vigilância sanitária estão acompanhando muito de perto, pois se ocorrer qualquer situação que possa levar um risco desnecessário, vai ter que ser reavaliado. Mas a vacina veio para isso, para que a gente possa, gradativamente, retornar a uma vida mais próxima o possível do normal”, finaliza Alex Sandro.
Variante Delta
Essa variante do Coronavírus está assustando por ser mais transmissível, contudo, não deixa de ser uma variante controlável. Para isso, devemos ficar atento aos sintomas. “Essa variante tem um elemento diferente, que não causa aqueles sintomas clássicos de muita dor de cabeça, perda de olfato, ela causa os sintomas muito mais parecidos com a gripe comum”, explica Alex.