
Alfredo Lopes, presidente ABIH-RJ, destaca que os Jogos Rio 2016 ajudaram a colocar a região em evidência como um novo destino. E a programação carnavalesca cresceu, com mais de 30 blocos desfilando na orla do bairro.
? É preciso lembrar que houve um aumento gigantesco de oferta na Barra em 2016, com 10.500 novos quartos. Mas a Olimpíada trouxe muita promoção àquela região. Além disso, houve a chegada do metrô, que melhorou e encurtou o acesso ao bairro. E o preço das diárias é 25% mais baixo que o praticado nos hotéis da Zona Sul.

? As cidades que sediam os Jogos já sabem que vão enfrentar uma ?ressaca olímpica?. No nosso caso, foi agravada pela crise econômica. Mas o verão e a alta temporada de verão já levantaram a ocupação. A partir de março, a cidade trabalha com um calendário de eventos para atrair mais visitantes ? explica o presidente da ABIH-RJ.
O Windsor Barra, um dos três hotéis do grupo carioca no bairro da Zona Oeste, já bateu 98% de ocupação para o carnaval. É a mesma taxa do Windsor Oceânico, enquanto o Windsor Marapendi, maior que os outros dois e padrão cinco estrelas, tem 73% de aproveitamento.
? Os hotéis da Windsor na Zona Sul não estão lotados. Em Copacabana, a previsão é de 74% de ocupação em nossas unidades, contra 90% em 2016. É efeito da crise. Na Barra, as pessoas estão mais curiosas pelo destino. Há sensação de maior segurança, praia tranquila e opção de folia para quem quer pular o carnaval ? explica Marcos Bezerra, gerente geral do Windsor Barra.
OPÇÕES PARA TODOS OS ORÇAMENTOS
Os preços médios das tarifas não são diferentes dos praticados na Zona Sul pela rede, conta ele, mas a Barra acaba oferecendo produtos mais completos para o lazer. Um pacote de três noites, custa R$ 3.200 no bairro. Ele também destaca o aumento da procura nos fins de semana por cariocas, impulsionando as operações.
? Fora do carnaval, há diárias entre R$ 320 e R$ 380 em média na Barra. É boa relação custo/benefício para quem busca lazer perto de casa ? diz Bezerra.
O Hilton Barra se prepara para seu segundo carnaval, com ocupação 10% maior que a de 2016. Apostou em uma programação para a turma do samba. Fez uma feijoada na semana anterior à folia, terá outra neste sábado. E já avalia realizar um baile em 2018, conta Laura Castagnini, gerente geral do hotel.
? A Zona Sul é o destino mais consolidado e procurado do Rio. Uma forma de levar os clientes para uma nova localização é fazer um posicionamento pelo preço. Atualmente, na Barra, as tarifas pode ser 30% mais baixas ou mais. Outra coisa é a diversidade de opções em hotéis para todos os perfis e orçamentos, além de opções em gastronomia, compras e praia tranquila ? conta Laura, destacando que uma noite no Hilton Barra sai em média por US$ 169 (R$ 525).

? Com 436 quartos, já temos 85% de ocupação para o nosso primeiro carnaval. Como resort urbano, não teremos programação de folia. Nosso público é em 70% constituído de famílias. Mas temos flexibilidade de estada por diária, ao invés de pacotes fechados ? conta Silvio Araújo, diretor de área de vendas e marketing do Grand Hyatt, citando diárias médias a US$ 300 (R$ 930) para os dias de folia.
Logo depois da Olimpíada, continua Araújo, a ocupação foi a 40%. Mas o verão puxou o aumento da taxa com um destaque especial: quartos ocupados por cariocas nos fins de semana.
? De quinta-feira a domingo, a ocupação sobe muito. Em dezembro, saltou para perto de 70%. Metade dos hóspedes de fim de semana é carioca. São pessoas que, em geral, vêm em busca de maior infraestrutura de lazer, praia tranquila, boa gastronomia. A diária fica entre US$ 180 a US$ 200 (R$ 620) ? conta ele.