
Os alimentos comercializados em uma forma atípica do encontrado no mercado, ou ainda, em uma forma não registrada pela Anvisa, demandam testes de uso e registros sanitários específicos. No caso das cápsulas de chá Lean Tea, que se dissolviam em contato a água quente, seria necessário que tais testes comprovassem sua segurança e que o alimento fosse registrado pela Anvisa, antes mesmo de ser distribuído no Brasil.
A Agência levou em conta, também, dois outros quesitos do produto em questão. O primeiro ponto levantado foi em relação a concentração do chá. Os ingredientes que faziam parte do chá eram em quantidade muito acima do observado em uma dieta regular, um total de 500mg do extrato de chá verde e outros 500 mg do extrato de chá branco.
O outro quesito analisado pela vigilância sanitária foi o método de extração de um dos ingredientes usados no Lean Tea. O extrato aquoso de chá verde (?green tea powder extract), possuía um método de extração alcoólico, que deveria ser vistoriado por uma comissão técnica, uma vez que o método foi empregado em um novo produto alimentício.
A medida sanitária que proíbe a distribuição e o comércio do Chá Misto Solúvel em Cápsulas da Arnold Nutrition foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (19/12). A Anvisa determinou, inclusive, que a empresa brasileira Nutribands que distribuía o produto no Brasil, promova o recolhimento de todo o estoque no mercado do chá em questão.