O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e a Fomento Paraná participaram nesta sexta-feira (11) do Fórum de Gestão Empresarial, organizado pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), entidade que representa 296 associações. O evento foi realizado no Espaço UP Experience do Teatro Positivo.
BRDE e Fomento Paraná formam o Sistema Paranaense de Fomento, com parcerias em programas comuns, mas com naturezas específicas para concessão de crédito, de acordo com o tíquete médio da linha preterida. O diretor paranaense do BRDE, Wilson Bley Lipski, e o diretor-presidente da Fomento Paraná, Heraldo Neves, apresentaram as duas instituições ao mercado em um painel específico, com a participação de Vitor Tioqueta, superintendente do Sebrae-PR.
“O BRDE customiza o crédito para projetos que visam o desenvolvimento social e econômico, sejam eles ligados à inovação, empreendedorismo feminino ou agronegócio, sempre voltados à sustentabilidade, com prazos dilatados e assertividade na análise da linha disponível”, disse Bley. “Nosso índice de inadimplência não chega a 1%, em razão da assertividade para o processo de crédito. No Paraná, estamos seguindo as diretrizes do governador Ratinho Junior, a fim de tornar o crédito ágil para gerar empregos”.
O BRDE trabalha com fundos nacionais e internacionais para investimentos de projetos que estejam alinhados com sustentabilidade, empreendedorismo, infraestrutura, crescimento dos municípios, inovação, turismo, entre outros. É o banco que repassa o maior volume de recursos para inovação no Brasil, por meio da Finep, além de operar os recursos do Fundo Setorial Audiovisual (FSA).
Já Heraldo Neves apresentou os números e o modelo de funcionamento da Fomento Paraná, que trabalha por meio de parcerias para distribuir o crédito através de agentes que atuam em prefeituras, nas salas do empreendedor e Agências do Trabalhador e de correspondentes credenciados, marcando presença em mais de 320 municípios.
“A Fomento Paraná vem trabalhando em um reposicionamento estratégico, avançando com parcerias, melhorando processos e condições do crédito, procurando se situar sempre com taxas abaixo do mercado, como forma de justificar a existência da instituição, e oferecendo prazos mais elásticos de carência e de pagamento”, explicou.
A Fomento Paraná conta hoje com uma carteira de quase R$ 2 bilhões em financiamentos contratados ou a contratar no âmbito do setor público e pouco mais de R$ 1,1 bilhão em recursos de fundos ou de repasses para o setor privado. A carteira de clientes envolve hoje em torno de 42 mil empreendimentos.
A instituição também trabalha com linhas de crédito específicas para segmentos como o turismo e empreendedorismo feminino, com o sucesso do Banco da Mulher Paranaense. Nos próximos meses a ideia é entrar também no crédito rural, para apoiar principalmente pequenos produtores e produtoras da agricultura familiar, além de linhas para motoristas de táxi e para a pesca esportiva e o turismo náutico.
O secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva, reforçou o apoio do Estado a empreendedores no Paraná, estimulando comércio, serviços, indústria e agropecuária. “Somos agora a quarta maior a economia do País, com 5,2% de desemprego, o que significa pleno emprego, uma inflação de 3,1% e bons níveis de investimento público. Além desses números, temos orgulho de termos a melhor educação pública do País. São indicadores que elevam a confiança do setor privado no Paraná”, disse.
CRÉDITO – O tema do fórum foi “Desafios do Crédito no Brasil: acesso mais fácil e custos menores”. A abertura foi realizada pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que falou sobre o desenvolvimento socioeconômico do País e as taxas de juros, atualmente na casa de 13,25% ao ano. “Estamos buscando um sistema financeiro mais estável, sólido e responsável”, disse.
O evento teve como objetivo promover diálogos com os líderes do Sistema Financeiro Nacional, buscando facilitar o acesso ao crédito para as empresas paranaenses e reduzir os custos envolvidos. O fórum contou com o apoio do G7, grupo que reúne as principais entidades do setor produtivo paranaense, e o patrocínio do Sicoob, Cresol, Copel, Sistema Ocepar, Sebrae, BRDE, Sistema Fecomércio, Fomento Paraná e Sicredi.