A segurança de pedestres e ciclistas para atravessarem a BR-277 no trecho da rodovia que corta o perímetro urbano de Cascavel é uma preocupação constante da PRF (Polícia Rodoviária Federal) que presencia, diariamente, pessoas se arriscando na travessia. A forma mais segura e indicada para atravessar a rodovia sem riscos, indiscutivelmente, é por meio das passarelas. Contudo, nem sempre é possível a travessia segura já que são poucas passarelas instaladas no trecho do perímetro urbano que tem bairros dos dois lados da rodovia.
De acordo com o chefe de Fiscalização e Policiamento da PRF de Cascavel, Ricardo Salgueiro, em reunião realizada há alguns dias com os representantes do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), houve sinalização positiva para instalação de pelo menos mais três passarelas nos cerca de 10 quilômetros do perímetro urbano cortado pela rodovia, que vai do Trevo Cataratas até pouco depois do “Trevo do Guarujá”.
Salgueiro lembrou que em todo o trecho existem, atualmente, apenas três passarelas, uma no Trevo Cataratas, outra na entrada e saída do Bairro Santa Felicidade e próximo ao Trevo do Guarujá, mas que ainda assim, não são suficientes. Por isso, foi solicitado ao órgão a implantação de pelo menos mais três equipamentos: uma próximo ao novo viaduto do Trevo Carelli e outras duas entre os quilômetros 594 e 595, próximo a Rua do Cowboy, que considerado o trecho mais perigoso de todo trajeto urbano.
Atropelamento
Na última sexta-feira (21) no começo da tarde, um ciclista morreu ao ser atropelado por um carro no trecho próximo à Rua do Cowboy. Ele foi atingido por um veículo Vectra com placas de Maringá e acabou morrendo no local. Ele é uma das quatro vítimas que morreram este ano atropeladas nas rodovias, sendo que três delas foram na BR-277, próximo ao local em que a PRF pede a instalação de mais passarelas. “O Dnit já está em fase de estudos e em seguida deve licitar para o início das obras e pode ser que ocorra ainda antes do retorno dos pedágios”, relatou Salgueiro. Uma das mortes de 2023 ocorreu na BR-369.
Segundo o inspetor, esse trecho é o mais preocupante de todo o Estado, seguido da região de Nova Laranjeiras, onde está localizado o Aldeamento Indígena. “Temos aqui um polo atrativo de trânsito e isso acaba desencadeando muitos acidentes. Neste ano tivemos, desde janeiro, quatro mortes, mas no mesmo período do ano passado foram 12 e isso é bastante preocupante. Por isso, a colocação de mais passarelas, aonde os pedestres tem segurança a atravessar, é bastante importante”, reforçou.
Segundo ele, o modelo deve seguir o mesmo formato, mas até que isso não se concretize é importante reforçar que as pessoas que utilizam essa região devem adotar alguns cuidados para evitar os acidentes. “Tanto para pedestres, quanto para ciclistas é importante estar com roupas claras e algum tipo de elemento refletivo, não só nas pessoas, mas também nas bicicletas, principalmente nas pessoas que utilizam o trecho todos os dias”, falou.
Além disso, Salgueiro reforçou ainda que é importante que as pessoas sempre busquem as passarelas para fazer a travessia de forma segura. Há casos, segundo ele, de pessoas que atravessam antes ou depois delas. “Quando existe a colisão é sempre bastante grave esses acidentes; a chance de se envolver e sobreviver, especialmente nas rodovias, são mínimas”, alertou.
Foto: Paulo Eduardo/ O Paraná
