Curitiba – O governador Beto Richa determinou nesta quarta-feira (16) o repasse emergencial de R$ 10 milhões para 299 municípios paranaenses. O combate à dengue inclui-se entre as ações de vigilância em saúde, que recebem recursos do governo estadual durante todo o ano. Só em 2015 foram destinados R$ 68 milhões.
Os R$ 10 milhões anunciados pelo governador são um incentivo financeiro, extra, que deverá ser utilizado no fortalecimento do combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya. O anúncio da liberação dos recursos foi feita pelo governador durante a reunião do secretariado e, em seguida, na reunião com deputados estaduais.
O objetivo, disse Richa, é reforçar o trabalho de prevenção e intensificar as atividades desenvolvidas pelos municípios, principalmente neste período mais crítico para a proliferação do mosquito transmissor.
Com a chegada do verão e das altas temperaturas, o perigo só aumenta. Por isso, estamos nos antecipando e dando este apoio financeiro para que as prefeituras ampliem as ações junto à população e também façam a sua parte no enfrentamento do mosquito, destacou o governador.
O recurso será repassado ainda este ano em parcela única, na modalidade fundo a fundo, o que dispensa a necessidade de convênio. Dependendo do porte do município, a prefeitura receberá um valor que varia de R$ 8 mil a até R$ 400 mil, como é o caso de Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá e Ponta Grossa .
Boletim
De acordo com o último boletim informativo da dengue, divulgado pela Secretaria da Saúde nesta quarta, o Paraná já contabiliza 1.089 casos da doença. Os números levam em conta os casos diagnosticados no Estado do mês de agosto até agora.
Grande parte dos casos está concentrada nas regiões Norte, Noroeste, Oeste e Sudoeste. Apesar disso, a cidade com o maior número de registros é Paranaguá, no litoral, com 294 ocorrências confirmadas. Até o momento, pelo menos três municípios já estão em situação de epidemia. São eles: Santa Isabel do Ivaí, Guaraci e Munhoz de Mello.
O boletim aponta ainda que 299 municípios paranaenses são considerados infestados pelo Aedes aegypti e, portanto, correm risco de registrar casos de dengue, zika e febre chikungunya. 37 deles são considerados de alto risco de epidemia, visto que apresentam índices de infestação superiores a 4%. Isso significa que a cada 100 imóveis visitados agentes de endemias pelo menos quatro tinham focos do mosquito.