RIO – O plano de monitoramento por meio de câmeras na Barra da Tijuca e nos arredores está perto de sair do papel. Elaborado por associações de bairro, pela Câmara Comunitária e pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), o projeto está passando pelos últimos ajustes. Apresentado ontem no XV Fórum de Segurança da Associação Comercial e Industrial do Recreio (Acir), ele deve estar em operação em até 60 dias, afirma o presidente da ABIH, Alfredo Lopes.

Batizada de Associação Comunitária Barra Segura (ACBS), ela será presidida por Lopes. Inicialmente, estava previsto que os moradores dos condomínios participantes contribuíssem com uma taxa mensal, mas ficou decidido que o monitoramento será gratuito por pelo menos um ano.
? Os fundos que temos nos permitem operar durante esse período sem contribuição de terceiros ? explica Lopes.
O executivo espera que dentro deste prazo os condomínios e o comércio reconheçam as vantagens do sistema. Além das câmeras já instaladas em associações, a ACBS contará com imagens geradas por hotéis na região. Segundo Lopes, conversas estão sendo realizadas no sentido de trazer para o sistema grandes shoppings da Barra. Um convênio também será firmado com órgãos da prefeitura e do governo do estado, entre eles o 31º BPM (Recreio) para uso das imagens. Em contrapartida, a ABCS terá acesso a imagens de câmeras públicas, como as da CET-Rio.
Para Lopes, esta iniciativa é a evolução natural da intenção do setor privado de contribuir para melhoria da segurança local.
? A grande diferença é que a central de monitoramento não ficará dentro de batalhões. Isso garante uma perpetuidade. No passado, montamos algumas centrais em batalhões, e elas acabaram sucateadas ? diz.
A unidade ficará em um espaço de cerca de 75 metros quadrados no edifício corporativo CEO Corporate Offices, na Avenida João Cabral de Melo Neto 850. O equipamento para montar a central já está sendo instalado. Membro do Conselho Comunitário da Barra, Delair Dumbrosck explica que o projeto original previa o aluguel do material, mas ao final optou-se pela compra.
? Foi a forma que encontramos de tentar reduzir o custo para quem aderir ao monitoramento ? explica.
Dumbrosck estima que inicialmente serão entre 120 e 150 câmeras:
? Será tudo monitorado por profissionais. Esperamos que os marginais sintam que estão sendo observados: ?Sorria, a gente está te vendo?.