LONDRES ? O atentado de quarta-feira em Londres matou pelo menos 5 pessoas e feriu outras 40. No coração da cidade, o episódio pegou de surpresa todos os cidadãos e visitantes que passavam pelo local no momento, entre eles brasileiros. Algumas pessoas relataram histórias de coragem e solidariedade após os momentos de terror. Londres 2203
?Camaradagem de guerra?
Como o ataque fechou a sede do Parlamento, em Westminster, quem estava dentro só podia esperar até que a polícia liberasse o local. Um membro da Câmara do Lordes evocou a Segunda Guerra, quando os britânicos tentavam se divertir confinados entre os bombardeios:
? Eram mil de nós. Era algo como a camaradagem de guerra, com chá e biscoitos ? disse Digby Jones.
Berçário aberto
Retidas no Parlamento, crianças que estavam visitando o local puderam aproveitar o berçário da Câmara dos Comuns, habitualmente só aberto a filhos de deputados e funcionários. ?A equipe cuidou muito bem deles?, disse um pai cujo filho teve o ?mimo?.
Deputado herói
A experiência de capitão do Exército fez o deputado conservador Tobias Ellwood tentar salvar uma das vítimas com técnicas de reanimação e fazendo respiração boca a boca. O policial não sobreviveu. Ellwood perdeu o irmão num atentado em 2002.
Salva no Tâmisa
Uma mulher foi resgatada com vida no Rio Tâmisa logo após o atropelamento. Não se sabe se ela foi arremessada pelo impacto ou se pulou para evitar a carnificina.
? Ela precisava de cuidados médicos urgentes, mas estava viva ? contou um porta-voz da polícia.
Medo nas alturas
Os cariocas Rogério Silveira, Sabrina Menezes, Roberta Oliveira e Bruno Larrubia ficaram presos três horas na London Eye, fechada por segurança:
? Ficamos muito nervosos, só conseguimos notícias depois de falar com os familiares do Brasil ? contou Sabrina.
A tia de Sabrina entrou em contato pelo WhatsApp do GLOBO (21 99999-9110).
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Franceses feridos
Três estudantes franceses estão entre os atropelados na Ponte de Westminster, dois em estado crítico. Uma das adolescentes foi fotografada sentada, chorando na calçada, aparentemente em estado de choque. Eles viajaram ao país justamente para conhecer o Parlamento.
Ex-ministro gravou
Radoslaw Sikorski, ex-ministro polonês, estava num táxi em direção à ponte quando ocorreu o atropelamento. Do celular, ele chegou a gravar um vídeo.
? Achei que era um acidente. Depois, meu primeiro pensamento foi: ?É uma repetição de Nice.?
Advogados escapam
O casal de advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira, que representa o ex-presidente Lula, entraria no Parlamento quando policiais começaram a gritar para que fugissem. Eles participariam de uma audiência com parlamentares.
? Mais um pouquinho e estaríamos dentro da cena de ataque ? disse Zanin.
Homem com uma ‘faca longa’
Rick Longley caminhava em volta do Parlamento antes de ouvir “um barulho muito alto”.
? Um homem passou do meu lado com uma faca longa e se lançou sobre um policial ? disse à agência de notícias britânica PA. ? Nunca tinha visto nada parecido. Não consigo acreditar.
Carioca corajoso
O carioca Renato Lincoln Patricio estava no local do ataque nesta quarta-feira e foi entrevistado pela CNN. Ao ser perguntado se estava com medo, ele disse que não.
? Estou apenas surpreso. Mas não, não estou com medo. Sou do Rio.
