NOVA YORK – Em junho de 15 de 2015, um dia antes de Donald Trump lançar sua campanha à Presidência dos Estados Unidos, a fortuna pessoal de Carlos Slim, dono da America Movil, maior operadora de telefonia móvel das Américas, era de US$ 67 bilhões. Da indicação de Trump até hoje, esse montante caiu para US$ 51 bilhões, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg.
O magnata mexicano foi o empresário que mais perdeu desde a ascenção de Trump. Sua posição no ranking da Bloomberg caiu da primeira para o sexta. Algumas das razões para o recuo tem pouco a ver diretamente com política. No entanto, a posição dura de Trump a respeito da relação com o vizinho México fez o peso mexicano cair, diminuindo o valor baseado em dólar de ativos domésticos de Slim no processo.
Por outro lado, a popularidade de Slim em solo mexicano tem crescido a ponto de ele ser considerado um possível candidato à Presidência do México nas eleições do próximo ano. Após um encontro entre o empresário e o novo presidente americano, os mexicanos começaram a alimentar a ideia de que o magnata poderia ser exatamente o que o país precisa.
Uma enquete do jornal ?El Universal? em janeiro mostrou que Slim era considerado a pessoa mais apropriada para encarar Trump, já que suas intenções para a economia mexicana olham para dentro.
? Slim disse que não estava interessado ? afirmou David Crow, analista político do centro de pesquisa Centro de Investigação e Docência Econômicas. ? Ninguém realmente acredita nele ou quer acredita. Ele é similar a alguém do setor privado, mas é incrivelmente rico e supera de longe Trump neste aspecto.
A fortuna de Slim vale 17 vezes mais do que o patrimônio pessoal de Trump, de US$ 3 bilhões, segundo a Bloomberg.