Cotidiano

Após 33 anos, Cascavel terá nova usina asfáltica contra os “buracos”

Atualmente, a cidade tem uma única usina de asfalto que fica na antiga pedreira municipal

Após 33 anos, Cascavel terá nova  usina asfáltica contra os “buracos”

Os moradores de Cascavel já estão acostumados: depois de uma boa chuva, vem a “chuva de buracos”! E, em algumas vias, os buracos são muitos e grandes em pequeno trecho. Quando isso acontece, a equipe da operação tapa buracos já sabe que terá muito trabalho pela frente. O problema é que a cidade tem uma única usina de asfalto que fica na antiga pedreira municipal, que em 2022 completou 33 anos de funcionamento. E, exatamente pela idade, muitas vezes acaba deixando a equipe “na mão”.

Para resolver esse problema, a Sesop (Secretaria Municipal de Serviços e Obras Públicas) lança nos próximos dias um edital para comprar uma nova usina de asfalto, com custo inicial de R$ 5 milhões, um equipamento bem mais moderno que o atual que ainda “socorre” Cascavel.

De acordo com o secretário Sandro Rocha Rancy (Sesop), a ideia é ficar com as duas usinas, para que na falta de uma a outra supra a necessidade. “Esta é uma demanda antiga que temos e que agora fomos autorizados a comprar”, comemorou. Ele explicou que para melhorar os trabalhos na cidade, além da usina serão adquiridos também dois caminhões para a equipe da operação tapa buracos, que ao invés de dois grupos, ganhará mais uma equipe para reforçar o serviço. Os novos caminhões semi-automatizados também têm uma nova tecnologia para armazenar e para despejar o material para que seja feita a complementação asfáltica dos buracos.

Conforme Rancy, a proposta é que uma das equipes fique nos trabalhos de reperfilamento das vias quando necessário e que, além disso, os serviços de micro revestimento, recape e de reestruturação, termos técnicos de melhorias das vias, serão terceirizados, reforçando o serviço das equipes de servidores. “Precisamos fazem sempre o emergencial, melhorar o que temos e principalmente agir na prevenção”, reforçou Sandro.

 

Mais R$ 8 milhões

E, falando em melhorias, uma grande licitação será realizada no dia 11 deste mês para contratar uma empresa que fará o micro revestimento de diversas ruas da cidade, aquelas com maior movimento e que precisam de melhorias. Serão dois lotes separados, com valor inicial de R$ 8,5 milhões e que vão contemplar as Ruas Pio XII, Fortaleza, Londrina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Manoel Ribas, Antonina, Minas Gerais, Salgado Filho, Visconde Guarapuava, Lapa, 25 de Agosto e Rua da Bandeira.

O secretário explicou que este tipo de melhoria é importante e que com isso, serão melhorados cerca de 500 mil metros quadrados de revestimento da cidade, que tem um total de 10,5 milhões metros quadrados. “Os buracos sabemos que incomodam e que precisam ser tapados, mas eles representam nos piores dias um total de 0,2% das vias. Nosso foco é sempre de fazer o emergencial, mas buscando melhorar o que temos e fazer prevenção”, explicou Sandro, lembrando que a maior parte das obras é feita por meio de financiamentos e que de 2017 até agora, foram mais de R$ 500 milhões em obras.

Para o secretário, que também é engenheiro, o ideal é que uma grande licitação como essa seja feita todos os anos, para o trabalho ir sempre se complementando, o emergencial com o preventivo, e que esse planejamento é importante para melhorar as ruas da cidade que tem atualmente cerca de 98% das ruas asfaltadas.

Rancy lembra que várias obras estão em andamento na cidade, como da Rua Rio de Janeiro e Salgado Filho, ligação da Olindo Periolo com a Avenida Rocha Pombo e 29 ruas nos bairros Lago Azul e Tarumã.

 

Aumento dos custos

Um dos problemas enfrentados pela Sesop, segundo Sandro Rangy, é trabalhar com a constante elevação de preços dos produtos que compõe o asfalto, que tiveram um ‘boom’ desde o início da pandemia. Para se ter uma ideia, o cimento asfáltico quase dobrou de preço. Em março de 2020 o valor da tonelada era de R$ 2.380,00 e, atualmente, custa R$ 4.410,00, dados do site da Agência Nacional do Petróleo.

“Muitas vezes mandamos a licitação e antes do processo ocorrer já precisamos revisar os valores, isso acaba prejudicando o andamento das licitações”, salientou. Este aumento acabou impactando em contratos que acabaram se arrastando nos últimos anos, entre eles, dos abrigos dos ônibus e de asfalto dos bairros Lago Azul e Tarumã, que está sendo feitas por uma mesma empresa, a CS Engenharia.

O secretário disse que tem acompanhado o andamento com a empresa que conseguiu injetar novos recursos no empreendimento para terminar o serviço que tem apenas 30% executada. “São obras que estão atrasadas e que foram diretamente impactadas pela a pandemia, pela a alta dos custos e por desfalque de funcionários com afastamentos”, reforçou. No Lago Azul estão trabalhando no meio fio e nas galerias. Os valores dos contratos estão sendo atualizados e devem ter um reajuste de pelo menos 100 %. O inicial era de R$ 5.108 milhões do Lago Azul e R$ 4.174 milhões do Tarumã.

 

Rocha Pombo

Outra licitação que foi aberta, mas não teve interessados e que está sendo refeita, é do recape da Avenida Rocha Pombo, do Lago Municipal até o viaduto. “Lançamos, mas quando foi feita o valor do asfalto subiu e não teve ganhador, agora teremos que refazer todo o processo”, disse Sandro, complementando que a Rua Marechal Cândido Rondon também será melhorada e processo será lançado em breve.