RIO- A Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos divulgou nesta terça-feira um relatório que afirma que alimentos transgênicos não fazem mal à saúde. De acordo com a instituição, o consumo de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) não aumenta a incidência de câncer, obesidade, alergias, entre outras, conforme era alardeado anteriormente. A instituição diz ainda que o cultivo desse tipo de alimento não é mais danoso ao ambiente que as culturas normais.
Cerca de 50 cientistas realizaram um relatório de 388 páginas sobre o assunto que estudaram durante dois anos. Para confeccionar o relatório, os pesquisadores analisaram mais de 900 estudos e os dados coletados durante 20 anos de pesquisas, sobretudo, em plantações de milho, soja e algodão.
O relatório também concluiu que o cultivo de transgênicos não é mais danoso ao meio ambiente que as plantações usuais. Segundo a análise, esse tipo de plantação conseguiu reduzir a propagação de pragas em algumas áreas. No entanto, em outras houve aumento de ervas daninhas devido ao uso de herbicidas em determinadas culturas de transgênicos.
“Embora reconheçamos a dificuldade inerente de detectar efeitos sutis ou de longo prazo na saúde e no meio ambiente, a comissão do estudo não encontrou evidências que mostrem alguma diferença de riscos para a saúde humana entre os cultivos de OGM atualmente comercializados e as colheitas convencionais, nem evidências conclusivas de causa e efeito em relação a problemas ambientais”, afirma o relatório.
A pesquisa da Academia de Ciências dos EUA ressalta ainda que não encontrou relação entre o consumo de transgênicos e a ocorrência de qualquer doença. Destacou, por outro lado, que no caso de alimentos transgênicos resistentes a insetos pode haver, inclusive, benefícios à saúde já que não existe a necessidade de uso de pesticidas.