Cotidiano

48 egressos do sistema prisional buscam ingresso na Unioeste com apoio da Polícia Penal

48 egressos do sistema prisional buscam ingresso na Unioeste com apoio da Polícia Penal

A Polícia Penal do Paraná (PPPR), por intermédio do Complexo Social de Cascavel, realizou nesta semana a segunda edição dos “aulões” preparatórios para as provas do vestibular da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). As aulas ocorreram nas dependências do Complexo, antecedendo as avaliações que serão aplicadas no próximo domingo, dia 17.

O coordenador da regional administrativa da PPPR em Cascavel, Thiago Correia, destaca a importância dessa iniciativa como um reflexo da modernização do sistema prisional paranaense, visando o cumprimento da Lei de Execução Penal. “A missão da Polícia Penal vai além dos cuidados relacionados à segurança pública e à custódia das pessoas em privação de liberdade (PPL). É nosso dever proporcionar tratamento penal e possibilitar que a PPL possa estudar, se aprimorar e ter acesso inclusive ao ensino superior público e de qualidade”, explica.

Sérgio Vicente, diretor do Complexo Social, relata que as aulas foram solicitadas pelos próprios 48 egressos do sistema prisional e monitorados atendidos no local, reconhecendo a necessidade de aprimorar conhecimentos para melhorar as notas nas avaliações. “O nosso setor de pedagogia conseguiu professores voluntários, graduados, com bom conhecimento em suas disciplinas, para que viessem até o nosso espaço e fizessem essas aulas preparatórias”, destaca. Os alunos agora buscam vagas nos cursos de História, Administração, Pedagogia, Ciências Biológicas e Direito.

Segundo o Reitor da Unioeste, Alexandre Weber, a ressocialização é crucial para evitar a reincidência criminal. “Precisamos recuperar aqueles que entram no sistema penitenciário, pois, se nada for feito, eles acabam voltando para o crime. É fundamental todo trabalho da ressocialização. A Unioeste é parceira em todas as possibilidades de fortalecer a ressocialização dos apenados”, enfatiza.

Gilmara Trombeta, uma das professoras voluntárias do projeto, destaca que o objetivo da ação vai além do vestibular. “O sucesso da nossa missão é poder contribuir de forma contínua e integral na formação e ou reestruturação de homens e mulheres que agora, de volta ao convívio social, tentam se reestabelecer de forma integral ao meio socioeconômico e ambiental que permeiam suas vidas e todo o campo de existência e formação humana”, explica.

“Os professores são capacitados e nós só temos a agradecer ao Complexo Social e toda sua equipe”, ressalta um dos monitorados atendidos pelo projeto. O comprometimento de todos os envolvidos destaca a relevância de iniciativas que buscam promover a educação e a ressocialização no sistema penitenciário.

Fonte: Assessoria Polícia Penal