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Cor do óleo lubrificante pode indicar eficiência e problemas

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A coloração do óleo lubrificante não tem um padrão fixo, especialmente para lubrificantes sintéticos, que podem apresentar tons variados de acordo com os aditivos - Foto: Divulgação
A coloração do óleo lubrificante não tem um padrão fixo, especialmente para lubrificantes sintéticos, que podem apresentar tons variados de acordo com os aditivos - Foto: Divulgação

A cor do óleo lubrificante é um indicador importante, mas não um critério definitivo de sua qualidade ou eficiência. A coloração dos óleos varia muito conforme a aplicação e os aditivos utilizados. Geralmente, os óleos têm um tom castanho claro, mas isso pode mudar dependendo da formulação e do uso. Por exemplo, óleos de transmissão são vermelhos. A coloração depende tanto do óleo básico quanto dos aditivos.

Os aditivos têm um papel fundamental na mudança de cor do lubrificante, sendo um elemento essencial para a proteção e a limpeza do motor, por exemplo. É a aditivação que faz a mágica acontecer no motor. Esses componentes evitam o desgaste, a corrosão e a formação de espuma, entre outras funções, garantindo o bom funcionamento do sistema. Ele reforça que a variação de cor, principalmente o escurecimento, é um sinal de que o óleo está desempenhando bem sua função de proteção.

“No entanto, mudanças bruscas e inesperadas na cor do óleo lubrificante podem ser um alerta de problemas. É sempre importante verificar a coloração do óleo regularmente. Caso observe uma cor anormal, como tons mais claros e pastosos, isso pode indicar contaminação, como infiltração de água, por exemplo. Nesses casos, é fundamental buscar um profissional para uma avaliação completa”, afirma o gerente de qualidade da YPF Brasil, Denilson Barbosa.

Variação

A coloração do óleo lubrificante não tem um padrão fixo, especialmente para lubrificantes sintéticos, que podem apresentar tons variados de acordo com os aditivos e o processo de fabricação. Segundo Barbosa, a presença de aditivos muitas vezes escurece o óleo . “A quantidade e o tipo de aditivo são os principais responsáveis pela cor do óleo. A coloração mais escura, por exemplo, pode ser um reflexo da aditivação com porcentagem maior na formulação, o que é positivo”, ressalta.

A variação da cor pode, portanto, ser normal, mas é importante que o proprietário do veículo se familiarize com a aparência do óleo utilizado, a fim de perceber alterações significativas. “Alguns lubrificantes tem uma coloração menos intensa  e, mesmo assim, funcionam perfeitamente. No entanto, se a cor mudar drasticamente, pode ser um sinal de um problema, e é bom investigar junto à empresa fornecedora ou mecânico”, recomenda.

Indicação de problema

Monitorar a cor do óleo lubrificante é uma prática simples, mas pode prevenir problemas sérios. Quando o óleo apresenta uma coloração mais clara e pastosa, por exemplo, isso pode indicar contaminação por água, o que demanda uma verificação rápida e especializada. Se o óleo ficar com essa aparência, é um sinal de alerta. A contaminação por água pode comprometer seriamente a lubrificação do motor, e apenas  profissional da área mecânica conseguirá confirmar e resolver o problema.

Outro ponto relevante é o escurecimento gradual do óleo, que, ao contrário do que muitos pensam, é geralmente positivo. Barbosa explica que isso significa que o óleo está cumprindo sua função de limpar o motor e proteger contra corrosão e oxidação, por exemplo. “O escurecimento ao longo do uso é natural e mostra que o óleo está trabalhando. O importante é estar atento às mudanças bruscas, que podem sinalizar algum desvio ou contaminação”, conclui Barbosa.