O presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Orso, se manifestou sobre o Projeto de Lei 498/2022, o qual tem por objetivo a criação do FDI-PR (Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Logística do Estado do Paraná), que, na prática, irá taxar o agronegócio paranaense.
Em vídeo, Orso diz que o sindicato é totalmente contrário ao projeto, e que repudia a criação de mais cargos, aumento da carga tributária e salários.
“Viemos demonstrar total repúdio em relação a esse projeto de lei. Somos contrários a qualquer carga tributária ainda maior do que já temos, que é demais, no setor produtivo, principalmente no setor primário. Nós precisamos de grandes investimentos, mas somos contrários a aumentar tributos. Por que não fazermos economia? Apertar realmente os gastos? Este é o momento, este é o procedimento, por isso nós somos contrários a este projeto”, pontuou.
A proposta, com pedido de urgência do projeto de lei, foi retirada por uma sessão da Assembleia Legistativa. A intenção é de que a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) analise e avalie o projeto com mais cautela.
Diante disso, o presidente do Sindicato Rural de Cascavel pede o apoio dos políticos da assembleia, para que o projeto seja vetado.
“Pedimos encarecidamente a todos os políticos que são responsáveis por nos defender e representar na Assembleia Legislativa, que pensem nisso e ajam assim. Essa é a nossa posição e esperamos que com isso ganhe o Paraná”, finaliza Orso.
A Sociedade Rural do Oeste do Paraná também se manifestou sobre a proposta e emitiu uma nota de repúdio, assinada pelo presidente Devair Bortolato, veja abaixo:
“A Sociedade Rural do Oeste do Paraná entidade de representação do agronegócio, recebe com TOTAL INDIGNAÇÃO e com grande incredulidade, que em 21 de novembro de 2022, no quase pagar das luzes de 2022, o GOVERNO ESTADUAL, que nas últimas eleições recebeu apoio incondicional de todo setor do agronegócio do estado, apresenta em forma de Projeto de Lei em regime de urgência, uma descabida taxação sumária dos produtos que orgulhosamente nosso setor produz.
Não existe qualquer procedência para ser utilizada como baliza para o referido escarnio de projeto contra o setor produtivo. Inspirado em modelos que não deram certo, a exemplo de outros países da América Latina, impõe de forma autocrata contra o setor sem previa consulta e ou estudo de impacto do setor para a taxação de se força ao produtor, por certo isto tudo irá desestimular a produção no estado e, consequentemente, prejudicar a economia paranaense.
Desta feita considerando eu os Representantes do Povo possuem mandatos eletivos e não eternos, e dentro de 04 anos serão novamente submetidos ao julgamento popular. E nossa entidade fará questão de lembrar aos cidadãos e produtores rurais os nomes daqueles que os assaltaram. Rogamos que reflitam, honrem ao mandato que lhes foi outorgado pelo povo, e retirem com urgência esse tema da pauta”.
