Agronegócio
Sistema de monitoramento ambiental do PTI pode ser solução para o Agronegócio
Nova versão do sistema foi entregue em dezembro e será apresentada na 32ª edição do Show Rural Coopavel
Além dos dados de 115 estações climáticas do Paraná, o sistema desenvolvido pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI) para monitoramento agora recebe também informações sobre a qualidade da água no reservatório da Itaipu Binacional.
O desenvolvimento do sistema começou em 2018, inicialmente para aprimorar o processo de coleta de dados das estações, que agora é automatizado. Depois de validado, a equipe do Parque Tecnológico recebeu da Itaipu um novo desafio: adicionar também os dados da qualidade da água do reservatório. Esta nova versão do Sistema de Monitoramento de Estações Climáticas (SMEC) recebeu o nome de Sistema de Monitoramento Ambiental (SIMA).
A nova versão – o SIMA – foi entregue e já vem sendo utilizada pela hidrelétrica. Em virtude de seu potencial de trazer benefícios ao agronegócio, o sistema será uma das soluções apresentadas pelo PTI na 32ª edição do Show Rural Coopavel, em Cascavel, entre os dias 3 e 7 de fevereiro.
De acordo com o gestor do Centro Latino-Americano de Tecnologias Abertas (Celtab) do Parque Tecnológico, Miguel Matrakas, a intenção é que, com o SIMA, os técnicos, em um mesmo lugar, encontrem todos os dados ambientais monitorados pela Itaipu Binacional.
As estações climáticas são capazes de monitorar cerca de 40 variáveis, que incluem temperatura, umidade, volume de chuva e direção do vento. Já em relação à qualidade da água, as estações e amostras coletadas fornecem informações como temperatura, pH (acidez), partículas em suspensão, entre outras características em diferentes profundidades.
O próximo objetivo é que o sistema integre também as informações do Núcleo de Inteligência Territorial do Parque Tecnológico, que reúne dados sobre o território, água, clima e biodiversidade, a fim de auxiliar as ações da Itaipu voltados para o desenvolvimento regional.
Tecnologia LoRa
A proposta do SMEC surgiu a partir da necessidade de facilitar a coleta dos dados das estações, para a qual muitas vezes era necessário o deslocamento de um técnico ao local. Para isso, foi implementada a tecnologia de radiofrequência LoRa, muito utilizada em Internet das Coisas, uma vez que possui vantagens em relação ao 3G e 4G, pois consome pouca energia, possui baixo custo de manutenção e raio de cobertura de até 12 quilômetros.
O SMEC foi desenvolvido em parceria com a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), sendo integrado ao projeto Fazenda Inteligente. A rede de coleta de dados meteorológicos integra estações da Itaipu, do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e unidades de baixo custo, feitas pela própria equipe do PTI.
Essa solução pode beneficiar o Agronegócio e, conforme o gerente do Celtab, estão sendo avaliadas possibilidades de parcerias a fim de desenvolver um sistema de alerta para os produtores rurais, que pode auxiliar a tomada de decisão e garantir melhores resultados.
PTI no Show Rural 2020
O estande do Parque Tecnológico no Show Rural 2020 vai reunir soluções desenvolvidas pelo Parque Tecnológico e seus parceiros voltadas para o agronegócio.
Quem visitar o espaço, localizado no Show Rural Digital, poderá conhecer, por exemplo, um protótipo de drone de baixo custo que pode ser usado na pulverização de plantações. Outro destaque são os produtos e serviços de empresas incubadas que também têm sua atuação voltada para o agronegócio.
O estande do Parque Tecnológico também terá uma programação de palestras de segunda a sexta-feira, com temas como eficiência energética, inteligência de dados, sistema de plantio direto e inovação e negócios. O diretor superintendente do PTI, general Eduardo Castanheira Garrido Alves, também ministra uma palestra sobre o “PTI e a inovação para o agronegócio” no Fórum de TI das Cooperativas do Paraná, na quinta-feira, 06, às 15h.
Confira a programação completa pelo link: www.pti.org.br/showrural