Agronegócio

Safra cheia: Produção maior faz preço da saca de feijão cair pela metade

Reportagem: Juliet Manfrin

Safra cheia: Produção maior faz preço da saca de feijão cair pela metade

Cascavel – Quem foi ao supermercado nos primeiros meses do ano e se deparou com o quilo feijão próximo a R$ 10, saiba que o produto vai voltar a caber no bolso. A boa notícia para o consumidor não é necessariamente animadora para o produtor que cultivou o grão e que agora está colhendo.

Em todo o Estado, o aumento de área foi de 8% no atual ciclo. Na safra do chamado feijão cores de 2018 haviam sido cultivados 212.872 hectares, desta vez foram 229.452 hectares. A grande diferença está na produção estadual. O Paraná é o segundo maior produtor de feijão do País e vai aumentar sua colheita em 55%.

No ano passado, após perdas provocadas pelas interferências climáticas, foram colhidas pouco menos de 213 mil toneladas. Agora a projeção, com 20% das áreas já colhidas, é para a produção chegar a 472 mil toneladas. “No fim do ano passado, como havia pouco produto no mercado, a saca foi para R$ 300 e praticamente acabamos com o estoque do chamado feijão das águas em todo o Paraná. Não havia mais feijão à venda. O mercado aquecido fez com que os produtores ampliassem suas áreas de cultivo, mas como temos uma colheita excelente, com ótima qualidade e a produção muito maior, o preço da saca já baixou para R$ 140”, afirma o técnico do Deral (Departamento de Economia Rural) do Núcleo Regional da Seab de Cascavel José Pértille.

No núcleo de Cascavel, com 28 municípios, por exemplo, a área não avançou. Aliás, ela encolheu 25% se comparada à safra de feijão do ano passado, saindo de 13.930 hectares baixando para 10.565 hectares. Ocorre que a produção será quase 60% maior e promete ultrapassar 21,7 mil toneladas. Ano passado foram colhidas 13,9 mil toneladas. “Ao que tudo indica, esses números serão mantidos, o desenvolvimento está muito bom e o clima tem contribuído muito”, reforçou o técnico.