TEMPERATURA MÉDIA

Calor na primavera: IDR-Paraná orienta produtores sobres proteção das lavouras

Descubra as previsões para a primavera no Paraná: temperaturas acima da média e chuvas abaixo da média histórica - AEN
Descubra as previsões para a primavera no Paraná: temperaturas acima da média e chuvas abaixo da média histórica - AEN

Previsão do instituto paranaense indica que as temperaturas médias do ar ficarão acima da normalidade para o período no Estado. De acordo com os dados históricos, os maiores valores são habitualmente registrados nas regiões Oeste, Sudoeste, Norte e Litoral.

A primavera será quente e com chuva abaixo da média histórica em todo o Paraná. A primeira semana da primavera 2024 comprova que as temperaturas médias ficarão acima da normalidade para o período no estado. De acordo com os dados históricos, os maiores valores são habitualmente registrados nas regiões Oeste, Sudoeste, Norte e Litoral. Em outubro, a chuva deve seguir o padrão de normalidade. Já em novembro e dezembro fica mais próxima da média histórica em todo o Paraná.

“São esperadas ondas de calor e longos períodos sem chuvas”, afirma o meteorologista do instituto, Reinaldo Kneib. Por ser considerada uma estação de transição entre o inverno e o verão, a primavera favorece a ocorrência de eventos meteorológicos severos como rajadas de ventos fortes, granizo, alta incidência de raios e chuvas volumosas. Por esse motivo, o monitoramento sistemático das condições meteorológicas por parte do Simepar e a emissão de alertas de curto prazo da Defesa Civil são essenciais para prevenir e mitigar os efeitos do clima.

Orientações

Heverly Morais, agrometeorologista do IDR-Paraná, orienta os produtores a adotarem cuidados com as plantações nesta primavera. “O cenário é preocupante por causa das temperaturas muito elevadas e chuvas abaixo da média climatológica, com distribuição irregular e períodos prolongados de estiagem”, afirma.

Culturas como soja, milho e feijão podem ser afetadas de diversas maneiras, incluindo atraso na semeadura, germinação desuniforme, crescimento inadequado das plantas e desenvolvimento deficiente dos grãos. Para mitigar os efeitos desses períodos secos e quentes, é recomendável escalonar a semeadura utilizando cultivares de ciclos diferentes. Deve ser evitado o uso de uma população de plantas superior à recomendada. É importante escolher sementes de boa qualidade e cultivares adaptadas à região, mantendo o equilíbrio nutricional.

As altas temperaturas e ondas de calor podem prejudicar também as hortaliças, especialmente as folhosas, que exigem muita água para irrigação. É alto o risco de danos a culturas como café, cana-de-açúcar, mandioca e frutíferas, bem como as pastagens. Comuns na primavera, eventos meteorológicos extremos, como vendavais e granizo, podem causar danos físicos nas plantas e prejuízos significativos. Chuvas intensas podem provocar erosão do solo e aumentar a incidência de pragas e doenças.

Os períodos de estiagem durante a safra das grandes culturas têm sido recorrentes no Paraná. Uma estratégia preventiva eficaz para melhorar a estrutura do solo e aumentar o armazenamento de água é o cultivo com a incorporação de plantas de cobertura em sistemas de plantio direto. Essa técnica aprimora os atributos físicos e químicos do solo, favorecendo a infiltração de água e aprofundando as raízes. Além disso, reduz a temperatura e a evaporação do solo, mantendo a água disponível para as plantas durante períodos de estiagem fraca e moderada.

Segundo Morais, “é fundamental que essa prática seja planejada e acompanhada por assistência técnica, já que os benefícios são obtidos em médio e longo prazos”.