FOZ DO IGUAÇU

Agricultura e cooperativismo, uma perfeita simbiose

Descubra como o cooperativismo rural no Brasil está impulsionando a agricultura e contribuindo para o PIB agropecuário nacional - Foto: Vandré Dubiela
Descubra como o cooperativismo rural no Brasil está impulsionando a agricultura e contribuindo para o PIB agropecuário nacional - Foto: Vandré Dubiela

Foz do Iguaçu e Paraná - No Brasil, é impossível falar do cooperativismo sem fazer a conexão com a história da agricultura no Brasil. As palavras do vice-presidente de Soluções para a Agricultura da Basf, Marcelo Batistela, durante o evento Cada Vez +Basf, realizado no dia 31 de julho, em Foz do Iguaçu, resumem com extrema fidelidade a relação da empresa com esse modelo eficiente de cooperação e evolução da cadeia produtiva.

O evento reuniu as principais cooperativas de todo o Brasil para uma verdadeira imersão envolvendo conquistas e o que ainda vem pela frente no segmento cooperativo, responsável por pelo menos metade do PIB agropecuário nacional. O encontro celebrou 2025 como o Anto Internacional do Cooperativismo, reconhecido pela ONU (Organização das Nações Unidas). Da Região Oeste, estavam presentes representantes das cooperativas Lar e Coopavel. As cooperativas ainda puderam mostrar seus produtos em um espaço dedicado à degustação, como parte do evento.

O encontro em Foz do Iguaçu serviu para ouvir histórias e reconhecer as cooperativas em seus jubileus e um rico debate sobre o momento vivido pelo setor. Na ótica de Batistela, os desafios coincidem com as oportunidades e o papel do cooperativismo, ou seja, a democratização e a difusão do conhecimento, além da verticalização da produção agropecuária, a diversificação e o aumento da produtividade.

É cada vez mais evidente a importância da relação entre cooperativismo e agricultura. Diante dos desafios e oportunidades futuras, o modelo cooperativista desempenha um papel importante. “E quando temos a chance de colocar grande parte do sistema cooperativista em um mesmo local, para interagir e conversar, alinhando metas, isso tem um valor enorme para a cadeia produtiva, ou seja, para o produtor, para a cooperativa, para a indústria e para o País, como um tudo”.

Na visão de Batistela, a agricultura tem um papel social gigantesco. “Pelo simples fato de que, sem comida, não existiríamos. Mas há de se ressaltar a nobreza da agricultura em proporcionar prosperidade e dignidade. “É só andar pelo Brasil e testemunhar as mudanças que o agro possibilitou à sociedade”. Para ele, as cooperativas socializam o conhecimento e democratizam o acesso a uma série de avanços. “Elas aceleram o processo de modernização e a adoção de tecnologias, alicerçada pela tríade: social, sustentável e econômica”.

A digitalização é outra ferramenta capaz de mudar o jeito de fazer agricultura. “O grande desafio é produzir mais, com menos e otimizando recursos e estamos em um nível de complexidade que, para fazer isso, é preciso dispor de elementos diferentes, combinando tecnologia e conhecimento”. Outro ponto a ressaltar é a demanda por pessoal qualificadas para exercer as funções, fato que a Basf preza muito. “A mágica acontece quando há a fusão de humanos dando impulso às tecnologias”.

Acesso ao Mercado

O gerente sênior de Acesso ao Mercado da Basf, Gustavo Bastos, disse em entrevista à equipe de reportagem do Jornal O Paraná, que as cooperativas representam atualmente perto de 30% das negociações envolvendo insumos agrícolas, químicos, biológicos e sementes no Brasil. E na região Sul, esse percentual é ainda maior, a depender de cada mesorregião, podendo corresponder de 50% a 60% das negociações.

Segundo Bastos, o futuro das cooperativas requer a adoção de novos modelos, sem deixar de lado a essência dos relacionamentos para encarar temas fundamentais, tais como a sucessão, formação profissional, absorção de inovações e profissionalização da cadeia produtiva.

Na visão de Gustavo Bastos, a Basf não tem medido esforços para trabalhar no sentido de minimizar as dores enfrentadas atualmente pelo setor cooperativista. “Todos os anos surgem situações desafiadores neste segmento. Não existe bala de prata. Entretanto, o horizonte é o de escolher a melhor alternativa oferecida pela empresa para mitigar esses problemas. Há algumas pautas padrões, como a questão da profissionalização da gestão, tem comum e unânime entre as empresas, além da sucessão no campo, tema premente e de não menos importância”.

Como parte do Programar Cooperar, há vários métodos de capacitação, além de técnicas comerciais, de manejo no campo, gestões corporativa e financeira. E por meio dos parceiros, a Basf oferece soluções personalizadas.

A Basf é considerada uma empresa P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) em novas tecnologias. “Fazer agricultura em um país como o nosso sem inovação, é impossível. E é aí que entra o nosso diferencial competitivo”, ressalta Bastos.

O futuro do agro

A diretora de Marketing da Basf Soluções para a Agricultura no Brasil, Graciela Mognol, entende que o futuro do agronegócio indistintamente, passa pelas cooperativas. “Não há como falar de agricultura de forma singular. O agro é feito da coletividade e essa parceria indústria, cooperativa, agricultor e corpo técnico é que faz a diferença no sentido de contribuir para que o homem do campo rompa a barreira da produtividade”, resume. “Com essa expertise unida, junto a uma gama de inovações que a Basf Soluções para a Agricultura traz, marca uma nova era e uma nova década no setor produtivo”. Por fim, Graciela Mognol considera as cooperativas um elo fundamental na cadeia de distribuição do Brasil.

O jornalista Vandré Dubiela viajou a convite da Basf Soluções para a Agricultura no Brasil