Apaziguou?
O líder de governo, Rômulo Quintino (PSL), chegou a pedir que a base aprovasse, ontem, a emenda de Olavo Santos (PHS) sugerindo que o Poder Executivo, por ato próprio, defina quais os tipos de comércio podem ou não ser explorados nos quiosques. Com muitas críticas disparadas tradicionalmente nas sessões, ontem as discussões envolveram elogios. Disse Quintino que Olavo “acrescenta aos projetos do Executivo”. Josué de Souza (PTC), base consolidada, também recomendou que Olavo “continue assim”. Em retribuição aos discursos, Olavo disse que dessa maneira “fica seduzido” – ele que recentemente havia denominado o prefeito Leonaldo Paranhos (PSC) de “O Precioso”. A emenda que será votada hoje define que o prefeito escolha por decreto o que pode ou não ser instalado nos quiosques.
Estaca zero
Continuando o assunto dos quiosques, uma luz no fim do túnel: qual o motivo de tanto debate – mais de dois meses na Câmara – para que o próprio Executivo faça o que lhe convém por meio de decreto? O vereador Sebastião Madril (PMB) rebateu que a emenda anula o trabalho do legislativo – que já havia definido tudo isso ano passado. “Voltamos a estaca zero. Deveriam ter deixado a livre concorrência”, diz Madril.
Apertado!
Com as alterações – incompreendidas pelo parlamento – o vereador Roberto Parra (MDB) se atentou para a questão dos banheiros dos quiosques: vão ser mantidos para o acesso ao público? “Devem ficar abertos ao público. Espero que não seja uma manobra. Caso contrário, vou pedir que seja retirado o projeto. Não abro mão disso”.
Sem respostas
A incompreensão do parlamento se deve a falta de respostas do Executivo municipal, que rendeu um discurso de Paulo Porto (PCdoB), que colocou em dúvida a transparência pregada pelo Paço. Os requerimentos sobre o projeto dos quiosques foram ignorados – após adiamento. “A atual gestão não se dispõe a dialogar. Só tem duas possibilidades: primeiro, o Executivo não é republicano – nega-se a conversar, após o rolo compressor da base – ou perguntamos: é o irrespondível?”.
Velocidade de tartaruga
A conexão lenta da internet é um problema enfrentado em Cascavel. A demora na implantação de fibra óptica para rede foi levantada ontem pelo vereador Josué de Souza (PTC) que está em busca de respostas das autoridades estaduais: qual o motivo de Cascavel estar com uma velocidade de tartaruga, enquanto cidades menores já possuem internet a jato? “Vou encaminhar requerimento de informações ao governo estadual e também a Copel. Só posso entender que existem outros interesses por trás dessa demora. Cidades menores já possuem fibra óptica. Além do serviço, queremos mais concorrência”, diz o vereador.
Tapumes na cara
Além disso, Josué de Souza, que é presidente da Comissão Permanente de Saúde, relatou a situação que enfrentou em recente vistoria da reforma da Unidade de Pronto-Atendimento do Bairro Brasília. Teve o acesso impedido pelos responsáveis pela obra. Engana-se quem pensa que o vereador aceitou a situação. Deu um jeito e entrou na “marra”. Mas não conseguiu. Ele promete ir de novo ao canteiro de obras – agora pediu a adesão da Comissão Viação e Obras.
Sob aplausos
O prefeito Leonaldo Paranhos (PSC) foi aplaudido ontem ao desembarcar no terminal de passageiros, após sobrevoar com o jato Embraer 195 da Azul que veio de Campinas, no voo inaugural da companhia. A plateia também esteve organizada: do Paço ficaram disponíveis três vans da Prefeitura para transportar o público até o ato público no aeroporto.