Sanepar gastará R$ 100 milhões em programa
A Sanepar está prestes a gastar R$ 100 milhões na compra de um software para controlar os setores de recursos humanos, contabilidade e financeiro. Nestas quinta e sexta-feira ocorrerão as últimas etapas para aprovação do sistema apresentado pelo vencedor no quesito menor preço – a Pelissari Informática S/A. Agora, servidores da própria Sanepar vão ver se o ERP (Sistema de Gestão Empresarial) realmente é o mais adequado para atender às necessidades da estatal. Fontes internas dizem que gente da cúpula da Sanepar vem insinuando recomendações para que os testes aprovem o software, com urgência. A “recomendação” teria sido feita durante reunião com servidores encarregados de emitir os certificados de aprovação do conceito – o que os co-responsabiliza pelos eventuais desacertos e inadequações que venham ser constatados no futuro. Os funcionários estão se sentindo coagidos.
Quem é
O pregão (1161/18) que escolheu a Pelissari Informática foi lançado ainda no tempo em que a Sanepar tinha Mounir Chouwiche como presidente, durante o segundo mandato de Beto Richa. A empresa que venceu o pregão é representante no Brasil da gigante alemã SAP. O temor de técnicos que dominam a área é de, em pouco tempo, a Sanepar se torne “refém” do sistema e se obrigue a contratar outros programas da mesma empresa para que “conversem” com os que precisam ser utilizados por as diversas áreas da companhia. Algo parecido com o que ocorreu tempos atrás com a Copel, que contratou outro parceiro da alemã SAP.
Jnjustiça e honradez
Circula em grupos de WhatsApp de amigos e companheiros uma mensagem de Beto Richa. Nela, o ex-governador diz que ele e família enfrentam “com serenidade de confiança”, mas sofrendo mundo com “a injusta condenação que nos está sendo imposta”. Diz mais: “Sou um homem público há mais de duas décadas, com a mesma honradez. Tenho a consciência em paz e sei que, no devido tempo, a verdade sempre se impõe.”
Flávio Arns reza…
O candidato ao Senado Flávio Arns, da Rede, tem muito mais a agradecer ao empresário Toni Garcia do que à tia quase santa Zilda Arns se o tema for vitória circunstancial em eleições.
…a São Toni
Em 2002, Arns foi beneficiado pelas denúncias do candidato Toni Garcia contra o ex-governador Paulo Pimentel. À época, com seu estilo ousado e belicoso, Toni acusava o ex-governador de personalidade contraditória, ao defender a família em público e, ao mesmo tempo, publicar anúncios de prostitutas para a realização de programas de sexo em Curitiba.
Fica a dica
Não custa lembrar: Flávio Arns, que na época do mensalão saiu do PT e virou tucano, foi eleito vice-governador na chapa de Beto Richa e secretário da Educação. No segundo mandato, foi secretário de Assuntos Estratégicos, até pedir para sair quando explodiu o escândalo da Quadro Negro, desfiliou-se do PSDB e entrou para o nanico partido de Marina Silva, a Rede.
É do oeste
Autor do despacho que mandou Beto Richa e família para a prisão temporária, o juiz Fernando Bardelli Silva Fischer é filho adotivo do ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça e relator da Lava Jato no mesmo tribunal, ministro Felix Fischer. A posse dele na comarca de São Miguel do Iguaçu, em janeiro de 2013, foi prestigiada pelo pai e pelos desembargadores do Tribunal de Justiça do Paraná, quando era presidente Miguel Kfouri Neto.
Linha dura
Esta não é uma boa notícia para a família Richa. Silva Fischer tem fama de rigoroso no Tribunal de Justiça do Paraná. Seu despacho descreveu com precisão o sistema de propinas que beneficiou toda a cúpula do governo, com desvio de R$ 72 milhões.