Enquanto os grupos dos “contra” e dos “a favor” se digladiam sobre o vazamento de conversas de integrantes da força-tarefa da Lava Jato, o X da questão precisa ser tratado com seriedade: o ataque de hackers.
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, alerta para a nossa fragilidade e cobra uma investigação rápida sobre o caso para evitar que se crie um comércio criminoso de hackeamento no Brasil.
Longe das paixões, é preciso entender que isso é crime e que, se hoje o problema que ele causou é doméstico, amanhã pode comprometer a segurança e até a soberania nacional. “Eu não tenho dúvida de que isso aí é um crime, e esse crime não pode compensar. Porque, senão, vai ficar uma indústria do hacker em celulares, computadores… Vai ficar um comércio disso aí. Isso aí é um crime e deve ser tratado como tal. E rápido”, exigiu o ministro.
Sabemos o que são ataques de hackers graças aos filmes hollywoodianos e é por meio deles também que temos alguma noção do tamanho que a coisa pode chegar.
As consequências desse tipo de crime ainda é imensurável. Enquanto vemos (e até rimos) o circo pegar fogo no canteiro dos outros, tudo bem. Mas todos estamos vulneráveis. Hoje foi o ex-juiz, mas amanhã pode ser o telefone do João ou do Pedro e ver perdida a poupança de uma vida, afinal, todos os nossos dados, muitas vezes até aplicativos da conta bancária, estão disponíveis nos celulares. E para quem tem pouco, perder pouco é demais.