Toledo – O vereador Leandro Moura (PSL), denunciado como autor de ameaça de morte à vereadora Marli do Esporte (PCdoB) e à líder sindical Marlene da Silva durante sessão da Câmara no dia 27 de maio, usou a tribuna ontem (3) para dizer que seu nome foi envolvido injustamente nas denúncias e que ele está sendo vítima de uma armação com o objetivo de destruir sua imagem pública e suas ações políticas.
Leandro disse que tudo foi armado por uma pessoa com quem ele havia feito um negócio comercial. Essa pessoa estaria intermediando a venda de um carro do vereador há pouco mais de um ano e, apesar de a transação ter ocorrido e o carro ter sido vendido a outrem que pagou pelo veículo, esse intermediador não teria repassado os valores ao vereador, desencadeando uma ação judicial, que foi retirada por Leandro. “Na época, soube que eu era vítima de um golpe e que essa pessoa já tinha uma extensa ficha criminal, mas não tinha nada no seu nome. Então vi que eu só gastaria mais dinheiro com a ação e resolvi tirar [da Justiça]… mesmo assim, essa pessoa tentou me destruir”, disse o legislador.
Tais argumentos foram levados por Leandro ao Conselho de Ética da Câmara, que vai apurar as versões da vereadora, que afirma ter recebido as ameaças de morte, e de Leandro, que alerta ser vítima de uma armação.
Segundo o parlamentar, o homem que teria envolvido seu nome nas supostas ameaças o fez de forma indiscriminada: “Quando fiquei sabendo que esse homem estava falando que eu havia contratado alguém para matar as duas pessoas, procurei a vereadora [Marli] e relatei todo o caso. Expliquei a ela a situação. Alguns dias depois procurei a líder sindical e contei a história. Sempre tive uma boa relação com as duas e achei que elas tivessem compreendido, que era uma armação”. Leandro diz ainda que em momento algum fez qualquer tipo de ameaça de morte e que “essa conduta não faz parte da sua índole”.
O vereador diz que resolveu vir a público prestar esclarecimentos por alguns motivos. O primeiro deles é um áudio em que ele aparece conversando com a vereadora, com as supostas ameaças, teria “vazado” na semana passada. “Sou uma pessoa que nem multa de trânsito tenho, isso foi uma armação”,destacou.
As partes também confirmam que os áudios divulgados na semana passada são fragmentos da conversa original gravada e que agora virou caso de polícia.
Reportagem: Juliet Manfrin
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