A campanha Junho Vermelho surgiu com o intuito de conscientizar a população quanto à doação de sangue. Como uma das “culturas” adotadas pela sociedade brasileira, não é muito comum que a população se disponha a renovar os estoques de sangue nos hemocentros. Enquanto alguns tabus ainda circulam, a ideia é tentar quebrá-los mais uma vez: a doação de sangue é um processo totalmente seguro. Portanto, não há risco para o doador.
De acordo com a Fundação Pró-Sangue, os estoques giram em cerca de 35% do nível considerado ideal. A informação do Ministério de Saúde é de que a doação de cerca de 3% a 5% da população seria ideal para ficarmos “tranquilos”. Sobretudo, a média é menor que 2%.
Por conta dessa realidade, em junho diversas instituições se reúnem a fim de que mais pessoas se tornem doadoras. Mesmo com o grande avanço científico, ainda não há o que substitua o sangue humano, só podemos contar com a solidariedade e empatia.
O sangue coletado dos doadores é utilizado em emergências e situações de urgência, além de ser usado para pacientes específicos em internações ou problemas de saúde mais sérios. A escassez de estoque se torna preocupante.
Estratégias
O Ministério de Saúde optou por reduzir a idade mínima para 16 anos e aumentar a máxima para 69, compreendendo nessa faixa grande parte da população.
Em estados brasileiros, como São Paulo e Brasília, os doadores ganham benefícios, como isenção em concursos públicos. Há também o direito de folga quando há doação e em alguns postos a coleta pode ser agendada.
Esses meios foram adotados para que houvesse mais incentivo na doação contínua de sangue.
Condições para doação de sangue
Para estar apto a doar sangue você precisará passar por algumas etapas no dia da coleta:
*coleta de informações;
*teste de anemia e dos sinais vitais;
*verificação de peso;
*triagem clínica com objetivo de identificar se há risco para o doador e/ou receptor;
*voto de autoexclusão – onde o candidato responde há diversas perguntas secretamente -, esta etapa costuma gerar diversas críticas por algumas bolsas serem descartadas sem ao menos passar para a avaliação;
*e, por fim, a coleta.
Alguns fatores de risco a longo a prazo impedem a doação de sangue como:
*uso de drogas ilícitas;
*hepatite após os 12 anos de idade;
*evidência clínica de doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue;
*malária.
Outros fatores a pequeno prazo:
*ingestão de bebida alcoólica no dia da coleta;
*tatuagem a menos de 1 ano;
*extração dentária a 72 horas;
*gravidez e outras mais.
Vale ressaltar que a verdade é imprescindível em todo o processo.