Iguaçuense, Michele da Silva terminou o ensino médio há quase dez anos e manteve a esperança de ingressar em uma universidade pública. “Ter conseguido é uma vitória pra mim. Quando a Unila foi criada, eu estava no ensino médio e ouvia que ela mudaria a cidade. E hoje é um orgulho estar em uma universidade criada na minha cidade”, afirmou a nova discente. Michele foi uma das primeiras a realizar a matrícula pela Chamada Pública Complementar da Unila, realizada nesta sexta-feira (29). Ao todo a instituição ofertou 103 vagas em 12 cursos de graduação nesta chamada.
Michele estava acompanhada da mãe, Janete, que confessou ter chegado a perder a esperança de que a filha conseguiria ingressar em uma universidade. “Em universidade privada a gente não ia conseguir pagar”, disse. A filha, no entanto, persistiu e, este ano, Michele ingressa como caloura no curso de Geografia.
Notícias da Unila chegaram aos iguaçuenses Kevin Montena e Márcio Júnior na época em que eles cursavam o ensino médio em escolas públicas. Os discentes tiveram acesso a informações sobre a Universidade por meio do projeto de extensão “Unila ao seu Alcance”, criado para levar informações sobre as formas de ingresso nas universidades públicas, além de estimular os estudantes a fazerem o Enem. Os dois aguardavam serem convocados na chamada pública.
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“É importante para mim estudar na Unila e já morar aqui [em Foz do Iguaçu]. Há um ano venho tentando uma vaga, e isso é um privilégio. Trabalho em depósito de mercado, e o fato de entrar em um curso noturno vai facilitar”, conta Kevin. Para Márcio, chamou a atenção o caráter multicultural da Universidade. “Me interessou a proposta de integração e a oportunidade de conhecer culturas de outros países”, disse.
A possibilidade de fazer um curso noturno também foi o impulso para Laizla Roque voltar a estudar. “É muita coisa ao mesmo tempo: filho, trabalho e agora a faculdade. Vai ser corrido, mas vai valer a pena. Quero fazer licenciatura e sonho em ser professora”, conta Laizla, que estava acompanhada do filho. Ela conta ainda que, em uma família de oito irmãos, é a primeira a ingressar em uma universidade pública. “Em 2017, fui convocada em uma chamada pública, mas não pude comparecer por conta do trabalho. E hoje a universidade é uma conquista”, relata.
