Foz do Iguaçu – Os sucessivos protestos de profissionais da área de turismo da região de fronteira fizeram com que o governo de Cristina Kirchner revisse o anúncio de cobrança de uma taxa polêmica. A intenção da aduana argentina era de cobrar, já a partir deste mês, valor anual para veículos de turismo e táxis brasileiros que entram no país vizinho.
Os profissionais e empresas da área utilizaram vários argumentos para enfraquecer a ideia, mas a principal foi de que a cobrança traria impactos no próprio turismo, a principal indústria da região trinacional. O valor, para que esses veículos especiais pudessem usar uma rota específica e mais rápida, variaria de R$ 174 a R$ 350 por ano.
O Sinditáxis de Foz conseguiu com a chefia da aduana argentina a emissão de autorização especial aos taxistas. Entretanto, a solicitação e a entrega de documentos do profissional e do veículo deve ocorrer até 25 de junho. Apesar de reconsiderar a medida, não significa que a intenção do governo argentino será colocada de lado. O Departamento de Migração voltará a debater sobre o tema em pauta do dia 31 de agosto.
Empresários, guias e profissionais que, de uma forma ou outra atuam com o turismo na região de fronteira, consideram a instituição de qualquer taxa como um retrocesso. O problema é que se criam barreiras e limitações às facilidades de acesso e integração sugeridos pelo Mercosul, o Mercado Comum do Sul.
(Com informações de Jean Paterno)