São Paulo – A Federação Paraguaia de Futebol afastou Carlos Amarilla de todos campeonatos organizados pela entidade. Em comunicado oficial apresentado nesta segunda-feira (22), a entidade que regula o futebol do Paraguai informou que o juiz ficará sem atividade até que seja apurada a veracidade do material revelado após escutas telefônicas.
Uma das conversas exibidas pelo programa La Cornisa de TV America levantam suspeitas sobre a arbitragem de Amarilla, que prejudicou o Corinthians no duelo contra o Boca Juniors na Libertadores de 2013. O gancho vale também para o assistente Rodney Aquino, que compôs o trio de arbitragem.
O diálogo em questão envolve Julio Grondona, então presidente da AFA (Associação do Futebol Argentino) – que morreu em 2014 -, e Abel Gnecco, representante argentino no comitê de árbitros da Conmebol, e se dá em 17 de maio de 2013, dois dias depois do Boca eliminar o Corinthians em pleno Pacaembu.
Na conversa gravada, Gnecco relata como foi a decisão pela escolha do juiz paraguaio. Ele conta que o acordo foi feito com Carlos Alarcón, representante paraguaio na Comissão de Árbitros da Conmebol que lhe teria ligado para oferecer Amarilla para apitar o duelo válido pela Libertadores.
Na ocasião, o paraguaio Carlos Amarilla anulou um gol legal e deixou de marcar um pênalti claro para os brasileiros, além de outros dois lances duvidosos que foram apitados a favor do Boca. O jogo acabou empatado em 1 a 1, o que resultou na eliminação corintiana.
Amarilla negou ter participado do suposto esquema tramado entre Federação Argentina e Conmebol.
(Com informações do UOL Esporte)