SÃO PAULO – Um dia depois da Justiça Eleitoral divulgar os limites de gasto para as eleições este ano, o pré-candidato do PSDB a prefeito em São Paulo, empresário João Doria, disse nesta quinta-feira que sua campanha custará menos da metade do valor estipulado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Doria não mencionou valores, mas o orçamento com o qual a equipe dele está trabalhando é de, no máximo, R$ 20 milhões.
Para São Paulo, o máximo que um candidato à prefeitura poderá gastar é R$ 45 milhões no primeiro turno e R$ 13 milhões no segundo turno.
? Nós não vamos atingir esse teto. Será uma campanha com poucos recursos e muita economia como se faz no setor privado. O tempo de marqueteiros e fornecedores que ficavam milionários com campanhas acabou. A farra acabou ? afirmou o pré-candidato tucano, que anunciou nesta tarde o deputado Bruno Covas (PSDB-SP) como seu vice.
Bruno é neto do ex-governador paulista Mario Covas, um quadro histórico do PSDB e que morreu em 2001 vítima de um câncer. A chapa 100% tucana é um gesto do pré-candidato para ampliar o engajamento do partido à sua candidatura. Desde as prévias no início do ano, algumas alas do PSDB resistem a embarcar no projeto do empresário.
O filho do ilustre tucano, vereador Mario Covas Neto também participou do ato e fez um apelo pela união do partido. Aos resistentes à candidatura do empresário, Covas Neto, que é presidente do PSDB na capital paulista, sugeriu a saída do partido. O atual senador José Aníbal e o ex-governador Alberto Goldman são autores de uma representação no Ministério Público em que acusam o pré-candidato de compra de votos na prévia do partido.
O anúncio do vice reuniu políticos dos dez partidos da coligação de Doria e teve como trilha sonora a música “Tema da Vitória”, que ficou conhecida com o piloto Ayrton Senna. A convenção que oficializará o nome do empresário como candidato acontecerá no próximo domingo no auditório da Federação do Comércio, no centro da cidade.