CRACÓVIA, POLÔNIA ? Com a bandeira de seu país e usando a mochila dos peregrinos, entusiasmados jovens católicos invadiram as ruas da Cracóvia nesta segunda-feira, afirmando que nem mesmo os recentes atentados iriam desestimulá-los.
Portugueses, brasileiros, nigerianos, franceses, entre outros, cantaram e dançaram nas ruas decoradas com retratos dos papas Francisco e João Paulo II, às vésperas da abertura das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), que começa nesta terça-feira, e da chegada do sumo pontífice argentino, no dia seguinte.
Os últimos ataques na França, na Bélgica, ou na Alemanha, países vizinhos da Polônia, foram evocados por autoridades religiosas e políticas. Carros de polícia se encontram espalhados por toda a cidade para garantir a segurança do evento.
? A paz está ameaçada pelo terrorismo brutal ? denunciou o cardeal arcebispo da Cracóvia, Stanislaw Dziwisz, em uma entrevista coletiva, acrescentando que as JMJ darão uma resposta eficaz a esses episódios, uma ?mensagem de paz, unidade, reconciliação e solidariedade?.
O prefeito da região de Malopolska, Jozef Pilch, lembrou que pelo menos 20 mil policiais foram destacados para a segurança do evento. Os jovens peregrinos não parecem, porém, estar muito preocupados.
? Na minha diocese de Toulon, todos os que se registraram responderam presente ? contou Esteban, de 16 anos, aos pés do castelo real de Wawel, cercado por um grande grupo de jovens franceses.
Como afirma Donica, de 20, recém-chegada de Vancouver (Canadá), ?não temos medo, estamos todos aqui?.
Isabel Matos, de Lisboa, admite que chegou a pensar se iria às JMJ.
? Refleti sobre isso, mas acho que não devemos ficar assustados. Se vivermos no medo, então deixaremos eles [os terroristas] ganharem ? afirmou.
A hospitalidade polonesa foi aprovada pelos jovens católicos.
? Eles nos abriram seus corações e suas casas ? emocionou-se Donica.