Esportes

'Baixinha' da seleção feminina de rugby sonha com medalha

Edna Santini.jpgCom 1,53m, Edna Santini possui a menor estatura de todo a delegação brasileira nesta olimpíada (excetuando os tradicionalmente baixinhos atletas da ginástica). Porém, a half-scrum da seleção feminina de rugby de 7 pensa alto. Quer ver a modalidade se tornando reconhecida no Brasil e, claro, sonha com o pódio nos Jogos.

– A olimpíada é um evento muito grande. Temos a expectativa de chegar pelo menos entre os oito melhores, para divulgar o esporte. Mas estou sempre com uma medalha na cabeça – disse, esperançosa.

Edna conheceu o rugby em um projeto social de São José dos Campos, cidade onde foi criada, no interior de São Paulo.

– Comecei bem nova, com 10 anos (hoje ela tem 24). No início era apenas brincadeira. Tanto que eu jogava com os meninos. Mas fui me envolvendo cada vez mais. Até fazer testes para a seleção, aos 16 anos, e, logo depois, passar a integrar a equipe – recorda.

Agora, prestes a disputar os Jogos, Edna curte o momento.

– Estamos aproveitando muito a vila. O convívio com os outros esportes, outros atletas. É um ambiente nem gostoso. Vi a Marta (seleção feminina de futebol), por exemplo, e o Sonny Bill Williams, meu ídolo da seleção de rugby da Nova Zelândia – comenta.

Sobre o fato de ser uma jogadora mais baixa que a média da modalidade, ela enumera algumas vantagens:

– Consigo me movimentar melhor de um lado para outro que as jogadoras maiores, e tenho mais explosão. Para dar o tackle (quando se agarra as pernas do adversário), também consigo me abaixar mais rápido – destaca.

A seleção brasileira feminina de rugby de 7 estreia no sábado, contra a Grã-Bretanha.

– Creio que o time delas não estará tão entrosado como se fosse apenas a Inglaterra. Estamos confiantes em fazer um bom jogo – finaliza Edna.