RIO – Grupos feministas em mais de 30 países, incluindo o Brasil, inovaram na forma de celebrar o Dia Internacional da Mulher. Eles marcaram uma espécie de greve feminina no que foi batizado de ?Um dia sem mulher?. A ideia é chamar atenção para a desigualdade no mercado de trabalho, o assédio sexual do qual mulheres são vítimas e as discriminações a que são submetidas.
O movimento guarda paralelo com o Dia Livre das Mulheres, realizado na Islândia em 1975, quando em 24 de outubro daquele ano, milhares de mulheres abandonaram seus postos de trabalho para lutar por igualdade de salários e de gêneros.
Também é inspirado na Marcha de Mulheres em Washington, que ocorreu no último 21 de janeiro, quando uma onda de manifestantes foram às ruas contra o governo de Donald Trump, para promover os direitos da mulher, reformas na imigração e os direitos LGBT. Defesa de questões ambientas e trabalhistas também deram a tônica da marcha americana.
No site do movimento, recomenda-se que as mulheres tirem folga nesta terça-feira, incluindo trabalhos não-remunerados, e evitem fazer compras. Em solidariedade, aquelas que não puderem deixar de trabalhar podem vestir-se de vermelho. A cor foi escolhida por significar ?amor revolucionário e sacrifício?. Também é a cor da energia e está historicamente associada ao movimento trabalhista, diz o site.
Homens também são chamados a participar, assumindo tarefas domésticas ou refletindo sobre a condição feminina.