RIO – O diretor Financeiro da Petrobras, Ivan Monteiro, destacou na noite desta quarta-feira que a decisão da CVM de determinar que a companhia refaça seus balanços de 2013 até 2016, estornando os efeitos contábeis decorrentes da prática de operações para proteção contra oscilações de preços, não é definitiva, mas sim da área técnica do órgão. O diretor destacou que a Petrobras foi notificada pela área técnica da CVM no último dia 3, e que vai recorrer apresentando recurso dentro do prazo de 15 dias a partir da notificação.
? A companhia fez uma solicitação de recurso junto ao órgão regulador porque tivemos uma decisão da área técnica que não é a decisão final da CVM. Seu colegiado ainda não se manifestou ? destacou Ivan Monteiro.
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O diretor da Petrobras disse que a Petrobras tem plena convição de que está correta em suas práticas contábeis, que nunca foi questionada por nenhum órgão regulador no Brail, nem no exterior, e por isso divulgará o resultado de 2016 no próximo dia 21.
? O que a companhia pratica e executa, ela tem plena convicção que está correta. Todos os balanços divulgados desde qua companhia anunciou a utilização da prática de hedge accounting foram auditadas todas sem nenhuma ressalva, lembrando que a companhia também tem reguladores internacionais como a SEC (dos Estados Unidos), e que nunca tivemos qualquer tipo de contestação em relação a qualquer prática contábil ? destacou Ivan Monteiro.
Segundo o diretor, a Petrobras solicitou que se aguardasse a decisão final do colegiado. A área técnica da CVM deferiu o pedido da companhia de efeito suspensivo da decisão. O diretor lembrou que a CVM atendeu ao pedido da Petrobras de que não acontecesse a suspensão imediata pela área técnica e que não fosse publicada até que tivesse a decisão final da autarquia.