RIO ? É possível que até o fim de julho o time do Fluminense comece a utilizar o Centro de Treinamento que está sendo construído próximo ao Barra Music. A mudança seria mais por necessidade do que por vontade do vice-presidente de Projetos Especiais do tricolor, Pedro Antônio Ribeiro, que coordena as obras. Segundo ele, há um pedido do Comitê Olímpico Internacional (COI) para utilizar a estrutura do clube em Laranjeiras, onde o elenco profissional treina atualmente.
? É uma pressão muito grande. Para se ter uma ideia, a construção começou dia 21 de dezembro do ano passado e em menos de seis meses já está desse jeito ? afirma Ribeiro.
O trabalho foi projetado em quatro etapas. A primeira, de terraplanagem do terreno, está totalmente concluída. A segunda, que contempla a construção de dois campos e as áreas de infraestrutura e preparação física, tem 60% dos trabalhos executados. A conclusão desta fase é que permitirá o início dos treinos. A terceira fase, quando serão erguidos uma torre para a imprensa, a área médica, o departamento de futebol e um restaurante, foi adiantada e deve ficar pronta em outubro. Até o fim do ano que vem, deve ser concluída a quarta fase do projeto, com a construção de 51 suítes para hospedagem dos atletas e da comissão técnica e o terceiro campo, que atualmente serve de canteiro de obras.
Quando tudo estiver pronto, o CT terá três campos, academia, estacionamento, piscina de recuperação, área médica, sala de imprensa e restaurante. Tudo numa área de quase 40 mil metros quadrados e a um custo de aproximadamente R$ 32 milhões. É uma estrutura que, segundo Ribeiro, deve influenciar na decisão dos jogadores durante as contratações.
? Estaremos no coração da Barra, onde os jogadores adoram morar. Estaremos ao redor do Parque Olímpico, de hotéis, do Barra Music, a dez minutos da praia e a cinco ou dez das casas de 70% dos atletas. Tenho certeza de que isso vai isso vai pesar na decisão deles ? prevê.
A Barra está no caminho do tricolor de Laranjeiras há muito tempo. Na década de 1950, conta Ribeiro, o clube recusou a oferta de um terreno gigantesco, com um quilômetro de praia, no Jardim Oceânico. Na década de 1970, o clube tentou comprar um terreno para fazer uma sede campestre e um CT na Avenida Ayrton Senna, onde hoje está o Via Parque. Nas duas ocasiões, o conselho deliberativo do Fluminense alegou que se tratavam de locais distantes e isolados.
Agora Martins espera não repetir os erros do passado e até projeta a construção de um estádio próprio no bairro. Segundo ele, há um estudo de viabilidade sendo realizado, e a disponibilização de um terreno é o que mais importa neste momento.
? O nosso futuro era para ser na Barra. Se bobear, nosso estádio também será no bairro. Dependemos de uma boa área, com viabilidade econômica ? ressalta.
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FLAMENGO INTENSIFICA OBRAS
Vasco e Botafogo também têm terrenos na região cedidos pelo município, mas ainda não começaram qualquer construção.
O Flamengo é o único que tem terreno próprio em Vargem Grande, com 150 mil metros quadrados. Ele foi comprado com recursos do clube, em 1984, mas só em 2011 os jogadores começaram a treinar no Ninho do Urubu, que ainda não está concluído.
A previsão do vice-presidente de Patrimônio do Flamengo, Alexandre Wrobel, é que até outubro toda a estrutura do futebol profissional seja concluída. O projeto inclui alojamentos com suítes para os jogadores e comissão técnica, departamentos médico, de fisioterapia e de fisiologia, vestiários, auditório, sala de imprensa, refeitório e parque aquático com quatro piscinas.
? Até outubro devemos terminar os dois prédios que estão em construção para depois iniciarmos as obras do futebol de base, que é mais simples, só que maior, para 170 garotos de todas as categorias, que vão ter alojamento e escola aqui dentro ? planeja o dirigente.
Atualmente, o Ninho do Urubu tem seis campos de futebol e estrutura provisória, em contêineres, para abrigar a administração e salas operacionais. Situação incômoda, na opinião de Wrobel:
? É inconcebível que um clube com o tamanho e o orçamento do Flamengo não tenha um centro de treinamento de excelência. A intenção é que até o fim dessa gestão tudo esteja concluído.
