Cotidiano

Atingidos cobram acordo sobre indenizações

Cerca de 15 agricultores aguardavam, desde terça-feira (14) na capital do Estado, uma resposta do empreendedor às reivindicações dos atingidos

Capanema – Reunião que definiria os rumos das negociações entre Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu e as famílias que terão suas terras alagadas pela obra, ocorreu ontem no Palácio Iguaçu, em Curitiba. Os debates, que seguiram pelo segundo dia consecutivo, tinham como mote a revisão do caderno de preços, firmado em setembro de 2013. O documento, segundo representantes do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragem), precisa passar por uma correção de 22,79% com base na inflação dos últimos três anos. No entanto, desde o início do ano, quando as negociações foram retomadas, a empresa não apresenta nenhuma proposta e afirmou, em reuniões anteriores, de que o reajuste seria zero.

Cerca de 15 agricultores aguardavam, desde terça-feira (14) na capital do Estado, uma resposta do empreendedor às reivindicações dos atingidos. Até o fechamento desta edição, a reunião ainda não havia terminado. Representantes do Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu não informaram se uma nova proposta seria apresentada às famílias. 

Reassentamento

As famílias esperam também que o empreendedor apresente os imóveis onde serão construídos os reassentamentos. Os atingidos pedem que as terras a serem adquiridas sejam próximas de suas propriedades atuais, para que possam manter suas atividades.

A falta de acordo entre a empresa e agricultores culminou em protestos. O último deles ocorreu em 6 de junho, em que 250 pessoas entraram no canteiro de obras, que ficaram paralisadas durante a tarde. 

A obra

A UHE Baixo Iguaçu terá capacidade para abastecer um milhão de pessoas e é o sexto e último empreendimento energético no Rio Iguaçu. A obra abrange os municípios de Capanema, Capitão Leônidas Marques, Nova Prata do Iguaçu, Realeza e Planalto, e a previsão é de que entre em funcionamento a partir do segundo semestre de 2018.