Esportes

Parcerias público-privadas geram contrapartida social

Muitos dos projetos sociais são contrapartidas dos eventos realizados no Estado

Cascavel – As PPPs estão nos parques Olímpico e Deodoro, principais locais de competições dos Jogos Rio 2016, e atualmente representam um aporte de cerca de R$ 80 milhões aos cofres da Secretaria de Esportes. Esse valor representa 0,25% da arrecadação estadual. “Apesar das dificuldades, as empresas continuam ajudando, mas se antes isso girava em torno de 25 milhões, agora ajudam com cinco, seis milhões de reais”, explica Cabral. Já o repasse pela Lei Pelé é de cerca de R$ 15 milhões por ano, via Loterj.

Muitos dos projetos sociais são contrapartidas dos eventos realizados no Estado. “Dentre as obras feitas via leis de incentivo está o Projeto Ligação, em parceria com a Light [empresa de distribuição de energia elétrica], que já reformou 22 praças esportivas no interior do Estado. Já o Rio Open de Tênis, maior evento de esporte do Brasil depois da Fórmula 1, tem contrapartida de mais de R$ 1 milhão em obras. Os Jogos Cariocas de Verão, que contam com mais de 30 modalidades esportivas, muitas radicais, tiveram como contrapartida a reforma da pista de Campo Grande, que é a maior pista de skate do Rio de Janeiro, e a construção de uma pista que foi inaugurada neste mês de junho na comunidade de Manguinhos, além de uma nova pista de skate na cidade de São João da Barra, que está se desenvolvendo muito economicamente pelo Porto Iguaçu e que por isso precisávamos levar pra lá a oportunidade de prática esportiva”.

A Maratona do Rio, o Desafio Mano a Mano, o Mundial de Surfe e o Pavilhão do Esporte (realizado em um fim de semana de esporte, de sexta a domingo, na Baixada Fluminense, com mais de 10 modalidades esportivas e shows) são outros eventos que têm compromisso de contrapartida. O retorno do Mundial de Surfe, por exemplo, é o Circuito Amador do Estado do Rio e a doação de material de surfe para Saquarema, que é tida como o “Maracanã” da modalidade.

Outro legado social olímpico é o Esporte RJ, que foi relançado em parceria com a iniciativa privada com a intenção de atender em 400 núcleos, mas que funciona atualmente em cerca de 100. “Parceira é fundamental para vencer a crise. Esse é o caminho, com a iniciativa privada, a exemplo da Lei de Incentivo ao Esporte”, diz Cabral.