RIO – A dívida do Estado do Rio com fornecedores alcançou R$ 1, 2 bilhão nos cinco
primeiros meses do ano. O levantamento foi feito pela Comissão de Orçamento da
Assembleia Legislativa (Alerj), por meio do Sistema Integrado de Administração
Financeira (Siafi-Rio). Os valores são referentes a serviços prestados ao
estado, mas que não foram pagos. Crise – 17/05
A inadimplência tem levado à carência de insumos básicos em áreas essenciais.
A situação se agrava porque o estado ainda acumula outros R$ 5,3 bilhões em
restos a pagar, que são as dívidas que ficaram pendentes de 2014 e 2015.
Na Saúde, que acumula a maior dívida (cerca de R$ 485
milhões), o secretário Luiz Antônio Teixeira afirma que já cortou R$ 1 bilhão em
despesas, mas admite que a dificuldade é grande pela baixa execução
orçamentária. Segundo ele, de um limite de 12% dos repasses mínimos que a pasta
precisaria para se manter por mês, o estado só tem pago 4,4%:
? Quem está devendo e não é bom pagador tem dificuldade em contratar bom
preço. Ninguém quer mais vender para o estado. Passei quase 30 dias sem limpeza
no Hospital Ari Parreiras, em Niterói. Ninguém queria assumir a limpeza pelo
nosso preço. As empresas não acreditam mais ? diz o secretário.
Outras áreas que também apresentam dívidas são as de
Segurança (R$ 95 milhões), Educação (R$ 71 milhões) e Assistência Social e
Direitos Humanos (cerca de R$ 57 milhões). Essa pasta deixou de pagar, na
quarta-feira, o Aluguel Social para 10.095 famílias vítimas de catástrofes. A
secretaria estadual de Fazenda diz que ?ainda há atrasos nos pagamentos a
fornecedores por causa da grave crise econômica?. A pasta informa que ?concentra
esforços na geração de receitas extraordinárias que permitam cumprir os
compromissos?.